Os índices de infestação do mosquito Aedes aegypti e as notificações dos casos de dengue estão reduzindo sensivelmente em Corumbá. É o que aponta os três últimos Levantamentos de Índices Rápidos de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) realizados pelo Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde da Prefeitura, e o acompanhamento das notificações nas últimas semanas epidemiológicas divulgados esta semana pelo CCZ, durante reunião do Comitê de Combate à Dengue.
O LIRAa por exemplo, detectou uma redução de 78% nos índices de infestação predial de março até o início de julho. Informações do CCZ dão conta que, em março, durante o segundo ciclo do levantamento, a cidade estava com 10,4%. Caiu para 5,2% no terceiro ciclo, e 3,5% num levantamento intermediário. Agora, no 4º ciclo, ocorreu nova redução, 2,3%.
Os novos índices foram divulgados pela equipe do CCZ que está à frente dos trabalhos de combate à dengue na cidade. Segundo a bióloga Grace Bastos, Supervisora Chefe do Centro, além da redução dos índices de infestação, está ocorrendo também sensível queda nas notificações. Na semana epidemiológica 27, foram somente quatro, contra 20 registrados na semana 26.
Este ano, a cidade chegou a registrar 367 casos na semana 16, final do mês de abril. A redução começou na semana 17, quando ocorreram 230 casos. Em seguida, na 18, foram registradas 109 notificações; 102 na 19; 52 na 20; 68 na 21; 82 na 22; 30 na 23; 31 na 24; 22 na 25; 20, na 26, e agora somente quatro, na semana 27.
Estes números foram apresentados por Quelen Serra e Luiz Minzão, biólogos do CCZ. Grace informou que a redução se deve especialmente às ações em conjunto com o trabalho da rotina de combate e prevenção à doença, de forma intra e intersetorial, com participação dos parceiros durante todo o mês de junho.
Os trabalhos contaram com apoio de servidores cedidos pela Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos, e de militares do Exercito Brasileiro, que reforçaram as equipes dos agentes de endemias, de saúde e da vigilância sanitária. Contribuíram também o atendimento das demandas oriundas da Ouvidoria da Saúde, bem como os trabalhos visando limpeza dos terrenos baldios, inclusive com notificações dos proprietários.
As ações ficaram concentradas nos bairros com altos índices de infestação, como foco na parte educativa; bloqueio das regiões onde aconteciam as notificações; limpeza com retirada de depósitos passiveis de focos do mosquito Aedes aegypti em terrenos baldios, imóveis fechados e desocupados, bem como a realização da gincana inter-bairros.
Somente em junho, mais de 200 toneladas de resíduos foram retirados das áreas criticas. Foram retirados do ambiente aberto mais de 400 pneus, foco em potencial da doença, além daqueles que são coletados todas as semanas pelo caminhão do CCZ, diretamente nas borracharias.