Da Pesada ao Carijó, Imperatriz contará história da General Rondon

A mais famosa avenida de Corumbá vai emprestar sua história e seu charme para a Imperatriz Corumbaense, penúltima escola a desfilar no domingo do Carnaval Cultural. Com o enredo “Avenida General Rondon, onde as palmeiras requebram, o galo canta e o Pantanal encanta”, a agremiação pretende apresentar um pouco da história e dos lugares mais marcantes da via, que nesta época de folia se transforma na passarela pantaneira do samba.

Sem contar as baianas e a bateria, a Imperatriz terá 13 alas e cinco carros alegóricos. “O primeiro vem com a Balança, símbolo da A Pesada, onde estará o Nei (presidente da escola fundada no final da avenida)”, revelou o presidente da escola, Clemilson Medina. Os outros carros trarão o Sindicato Rural, a boate 1.054, o Corumbaense Futebol Clube e a Império do Morro, nascida no bairro Cervejaria, bem perto da General Rondon.

“O último carro virá com a coroa da Império e representantes da escola”, continuou Clemilson. O samba “Há 100 anos quem canta de galo nessa avenida sou eu” é de Victor Raphael e será interpretado por Ninho. Outro Ninho será o mestre da bateria, composta por 70 ritmistas. A rainha será, pela segunda vez consecutiva, Cecília Sant’anna. A jovem Bárbara, de apenas 14 anos, será a madrinha. “Ela vai representando a comunidade”, explicou o presidente.

A comissão de frente será comandada pelo coreógrafo José Gilberto Rozisca, que no ano passado foi o único a conquistar nota 10 de todos os jurados neste quesito.  O corpo de baile representará os índios, uma das bandeiras do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, brasileiro indicado para o Prêmio Nobel da Paz em 1957. As alas vão representar algumas das famílias mais tradicionais da região, como os Marinho e os Zamlutti.

Além do verde, amarelo, vermelho e branco, cores da escola, o branco e o preto, do Carijó da Avenida, estarão bastante presentes na avenida. “As baianas vem em forma de bola; as passistas farão alusão ao Baile do Havaí; e a bateria o Reveillon, festa realizadas no clube há décadas”, comentou o carnavalesco da Imperatriz, Jonilson, que assina o desfile junto com Vinicius. Segundo ele, nenhuma das fantasias usa papelão, estratégia para driblar a possibilidade de chuva.

“Toda a parte de costuma está pronta. Estamos finalizando a parte das plumas e do TNT”, afirmou Jonilson. São 18 pessoas trabalhando todo o dia para deixar tudo pronto até o dia 10 de fevereiro. A Imperatriz Corumbaense, fundada em 2007, deve desfilar com 750 componentes.

 

Há 100 Anos Quem Canta de Galo Nessa Avenida Sou Eu
Compositor: Victor Raphael    

Não tem pra ninguém nessa passarela
Saudando o povo, Imperatriz tão bela
Só quem é pode dizer
Eu sou Corumbaense até morrer!

O Sol Raiou
Em tricolor brilhou
É a Pesada colorindo o alvorecer
Pede passagem pra Imperatriz contar
A historia da avenida mais popular
Suas casas revelam a trajetoria
Palmeiras que preservam a Memoria
Das famílias tradicionais
E a emoção dos grandes Carnavais
No trecho mais famoso, o sindicato rural
E a boate completando o visual

Um grito de gol sacode a galera
Tem festa na avenida, vou pra lá
O estadio se pinta de alvinegro, oi
É hoje que o galo vai cantar!

Centenariamente
É a esquina mais amada do lugar
O orgulho da população
Corumbaense supercampeão
Que mostra ao estado inteiro
A Furia Pantaneira
E enlouquece a multidão
Apaixonada por esse Carijo
E então, ao por-do-sol
Porta-Bandeira em verde e rosa a girar
Reluz Familia Zamlutti
Pois aqui é teu lugar

Não tem pra ninguém nessa passarela
Saudando o povo, Imperatriz tão bela
Só quem é pode dizer
Eu sou Corumbaense até morrer!

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