Alegria e beleza marcam homenagem da Estação Primeira ao Maria Leite

Conforme prometeu seu carnavalesco Clemilson, a caçula do carnaval corumbaense, Estação Primeira do Pantanal, fez um desfile técnico e correto, tudo dentro do regulamento da LIESCO. No entanto, quando o trem da “vermelho, amarelo e branco” passou pela General Rondon embalando 500 animados passageiros, o que se viu foi muito mais do que isso.

 

Vibrante e melodioso, o samba-enredo “meu lugar, minha história, meu axé. Conto e canto neste Carnaval” fez uma bela homenagem ao Maria Leite, bairro onde está sediada a agremiação, e levantou todos os foliões.

 

No Abre-Alas “Mãos Amigas”, uma emocionante menção à APAE do Maria Leite. A coreografia contou com a participação de um jovem especial, que interagiu com os movimentos da comissão de frente.

 

Mostrando que acima de tudo está a paz e a integração entre as escolas de samba, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rayla e Jorciney, exibiu com orgulho o pavilhão da agremiação e ainda fez uma bela homenagem a um carnavalesco de outra escola. O nome da fantasia do casal fez alusão a Manoelzinho, da Império do Morro, nascido no Maria Leite e vencedor de 13 edições do carnaval corumbaense.

 

Nas alas e carros alegóricos, nada foi esquecido: da Maplan, conjunto de vilas de casas que deram origem ao bairro de “gente simples, forte e trabalhadora” até o posto de saúde. Do posto de gasolina, um dos principais pontos de referência de quem entra no bairro pela BR 262, até o São João e a família da Nha Sália. Sim, o Maria Leite é famoso por seus arraiás e isso foi expresso em um carro alegórico com um balão de São João, suas cores características e folguedo.

 

A rainha da bateria, Nadja Chauvet, sambou com graça e alegria à frente dos 60 ritmistas do mestre Franky, cedidos pelo Bloco Olodum. Ritmistas que vieram vestidos tal qual a famosa fanfarra da Escola Gabriel Vandoni de Barros nas festividades de setembro.

 

Chamou a atenção do público também o carro alegórico de quatro torres de energia e escultura de um engenheiro subindo pela estrutura, em alusão à subestação elétrica do bairro.

 

A ala das baianas “Pretas Velhas” mostrou muito luxo em seus vestidos, representando os terreiros de Umbanda do Maria Leite. 

 

A julgar pelo desfile desta noite, a Estação Primeira chegou e veio para ficar.

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