Prefeitura reforça luta contra a dengue e ação começa pelo centro

Região com maior número de focos de dengue, notificações e casos positivos (72 e 12 até a semana epidemiológica sete), o centro da cidade está recebendo uma mega operação de combate à doença a partir desta segunda-feira, 25, mobilizando toda as pastas da Prefeitura de Corumbá, além de parceiros. Os trabalhos forão iniciados nas primeiras horas da manhã e será desenvolvido no quadrilátero compreendido entre as ruas Porto Carrero, Ladário, Delamare e Sete de Setembro. O mutirão, batizado de ‘um por todos e todos contra a dengue’, foi uma orientação do prefeito Paulo Duarte que, pessoalmente, vai participar dos trabalhos.

 

A força tarefa tem participação de agentes de endemias, agentes comunitários de saúde, agentes jovens, servidores das mais diferentes áreas da Prefeitura, trabalhadores da empresa responsável pela limpeza da cidade (Unipav), entre outros. Os organizadores querem envolver a população, especialmente os estudantes. O objetivo é eliminar os focos, conscientizar a população e evitar aumento da doença na cidade.

 

Dezesseis equipes estão atuando na eliminação dos focos, limpeza e conscientização da população nos imóveis habitados, bem como imóveis fechados (abandonados e desocupados) e coleta de material (lixo e outros tipos de materiais considerados propícios para proliferação do Aedes aegypti). Além disso, uma outra equipe está responsável direto pela limpeza dos terrenos baldios, que representam risco para a saúde pública.

 

O início da ação ocorreu às 07h30, no Ginásio Poliesportivo, na Rua Porto Carrero. A primeira área atacada pelas equipes está sendo a região entre as ruas Porto Carrero e Joaquim Murtinho. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, no centro, os agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses detectaram 150 focos positivos para o Aedes aegypti, situação considerada preocupante, principalmente pelo fato de estar no interior das residências, muitas delas reincidentes.

 

São os mais diferentes tipos de depósitos como balde, pneus, prato de planta, bueiro, ralo, caixa de descarga, tambor, vasilha plástica, tronco de árvore, tampa de geladeira, pote de sorvete, frasco de suco, copo descartável, caixa d’água, vaso sanitário, saco plástico, vaso de planta, panela de pressão, bebedouro de galinha, entulho, cadeira, piscina de plástico, tanque de roupa, chafariz, lixeira, lata de tinta, garrafa, prato de cães.

 

Durante a ação, as equipes vão reforçar a necessidade da população se conscientizar sobre os perigos da dengue que pode levar à morte (uma já está sendo investigada em Corumbá).

 

Terrenos baldios

 

Os terrenos baldios também apresentam riscos e terão atenção especial. A Secretaria de Saúde já disponibilizou uma relação com 17 imóveis que serão limpos. Os proprietários serão notificados, multados e, além disso, terão uma taxação diferenciada no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Por colocarem em risco a saúde pública, estes contribuintes pagarão bem mais pelos seus impostos.

 

Já os imóveis fechados, desocupados ou abandonas, no trecho totalizam 28. Uma equipe vai ser responsável pela cobertura destes locais e contará com apoio de um chaveiro para abrir o imóvel. A exemplo dos terrenos baldios, os proprietários também pagarão impostos com taxas diferenciadas (mais elevadas) no IPTU de 2013.

 

“Vamos atuar com 16 equipes. Só nas visitas às residências, teremos 14, cada uma com agentes de saúde, agentes de endemias e soldados. Além disso, teremos uma para atender imóveis fechados, que contará com um fiscal da Vigilância Sanitária, além de um chaveiro, e uma outra para percorrer o trecho com o caminhão, para coletar o lixo retirado das residências”, explicou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde da Prefeitura, Viviane Ametlla, sem contar os trabalhadores que serão responsáveis pela limpeza dos terrenos.

 

A previsão é cobrir 14 quarteirões por dia. Só no centro são 50 quarteirões. Após a conclusão do arrastão nesta área, o trabalho será desenvolvido nos bairros da cidade, principalmente nos considerados de maiores riscos.

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