Corumbá ativa comitê de prevenção e combate a incêndios florestais

A ativação do Comitê Municipal de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais no Pantanal de Corumbá foi debatido na manhã desta quarta-feira, 20, durante reunião entre integrantes do Poder Executivo Municipal e parceiros, no Centro de Convenções Miguel Goméz. A ideia é envolver os mais diferentes segmentos e definir responsabilidades para a implementação e execução de políticas públicas para prevenção, monitoramento, controle e combate a incêndios florestais que venham a ocorrer na região.

 

“O Comitê Municipal foi criado por meio de decreto (607, datado de 1º de junho de 2009), mas não teve uma atuação efetiva. Agora, estamos iniciando os entendimentos para a sua ativação. A intenção é tratar esta questão agora para que possamos fazer um trabalho conjunto para prevenir e combater os incêndios florestais durante o período de seca”, disse a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente, Luciene Deová de Souza.

 

Ela explicou que o primeiro passo seria atualizar os dados das instituições que integram o órgão e seus representantes, e iniciar a criação de um Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios na região, em consonância com as políticas do setor desenvolvidas pelo Estado de Mato Grosso do Sul. Paralelo, os integrantes do Comitê vão trabalhar na finalização do Plano de Contingência de Resgate de Animais Silvestres que, durante os incêndios florestais, acabam fugindo para as áreas urbanas, como já aconteceu em Corumbá.

 

O Comitê conta com participação de representantes da Prefeitura (Fundação de Meio Ambiente, Secretaria de Produção Rural, Defesa Civil, Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Guarda Municipal, Secretaria de Governo, Assessoria de Comunicação Institucional e da Agencia Municipal de Trânsito e Transportes).

 

Fazem parte também parceiros ligados ao Poder Judiciário (Promotoria de Justiça), Polícia Militar Ambiental, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Embrapa Pantanal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campus Pantanal, Universidade Salesiana de Santa Teresa, IBAMA, Agraer, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Instituto Homem Pantaneiro.

 

O Comitê é responsável direto pela promoção de debates das questões relacionadas aos incêndios florestais, além de articular a atuação das entidades envolvidas; acompanhar a execução da política municipal de prevenção e combate a incêndios florestais e sugerir as providências necessárias ao desenvolvimento e implementação de programas, projetos de pesquisa e de apoio financeiro para as entidades intervenientes, além de sugerir, em matéria de sua competência, sobre a criação e revisão de normas e programas relativos à prevenção e combate de incêndios florestais, fazendo cumprir o Regime Interno.

 

“Iniciamos a discussão de uma série de assuntos, inclusive para sabermos como acionar os órgãos em caso de combate a incêndios florestais, qual a função de cada um”, disse Luciene, ressaltando que é preciso tratar o assunto com antecedência para evitar surpresas e todos saberem como agir em caso de incêndios florestais no Pantanal de Corumbá.

 

Outro tema que está sendo tratado pelos integrantes do Comitê é o Plano de Contingência de Resgate de Animais Silvestres. “Já estamos tratando desse assunto há algum tempo e vamos finalizar agora. Também é de extrema importância para que possamos estar preparados para capturar estes animais que acabam vindo para as regiões urbanas, fugindo dos incêndios florestais”, explicou.

 

O plano já está sendo apresentado aos integrantes e a própria diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente confirmou a aquisição de equipamentos especiais para captura de animais, inclusive zarabatana, cambão, pinça para répteis, rede puçá, maca para transporte, rede bombeiro, GPS, rádio trans-receptor, lanterna de cabeça (3 Leds), corda e rifle projetor de dardos.

 

“Mas, é preciso saber como lidar com este tipo de situação”, informou. Para tanto, Luciene já confirmou a realização de uma capacitação na cidade, com instrutores de outros centros, direcionada à equipe que deverá atuar especificamente na captura de animais silvestres. “Isto é necessário para evitar mortes como já ocorreram na região”.

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