Em discurso de abertura da 5ª Conferência das Cidades, a diretora-presidente da Fundação de Patrimônio Histórico e Desenvolvimento Urbano (FUPHAN), Maria Clara Scardini, destacou a importância do encontro para a garantia de uma cidade mais humana, justa e democrática.
“A cidade é mais do que um conjunto de casas, prédios, ruas e alamedas. O meio urbano é onde vivemos, onde lutamos pelos nossos direitos, pela cultura, saúde, educação”, disse. “Por isso, discutir arquitetura e urbanismo é muito mais do que uma intervenção ou obra. É refletir sobre como esses espaços construídos podem e devem melhorar a vida de cada um de nós”, explicou.
A Conferência, promovida pela FUPHAN, tem o tema “Quem Muda a Cidade Somos Nós: Reforma Urbana Já!” e terá como lema a “implementação dos planos diretores, o fortalecimento do desenvolvimento urbano regional”, seguindo as diretrizes propostas pelo Ministério das Cidades.
A urbanista Erica Diogo, que ministrou a palestra de abertura do evento, elogiou o direcionamento da administração municipal, de conciliar patrimônio histórico com desenvolvimento urbano. “Infelizmente na maioria das cidades essas duas áreas não dialogam quando, na verdade, deveriam estar sempre intimamente ligadas. Corumbá é uma cidade belíssima e essa conferência tem tudo para ser um marco nessa busca por um espaço urbano mais justo e humano”, acrescentou.
Sistemática
A 5ª Conferência Municipal da Cidade será composta por aproximadamente 382 participantes, distribuídos da seguinte forma: 22 delegados natos indicados pelas Entidades e Órgãos para compor a Comissão Preparatória Municipal; 150 delegados de órgãos e entidades dos segmentos envolvidos na política de desenvolvimento urbano; 200 participantes da comunidade local; e 10 Observadores.
Após os trabalhos, serão eleitos 19 delegados para a etapa Estadual da Conferência, sendo quatro representantes do Poder Público Municipal; um do Federal; um do Estadual; cinco dos Movimentos Sociais e Populares; dois de Entidades de Trabalhadores; dois das Entidades Empresariais; dois das Entidades Profissionais, Acadêmicas e de Pesquisa; e dois de ONGs.
A fase Estadual deve ocorrer de 1º de julho a 28 de setembro. Já a etapa nacional está marcada para novembro. Durante as duas primeiras fases, serão definidas as diretrizes a serem debatidas na Conferência Nacional. O material vai subsidiar os debates da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano e as prioridades de atuação do Ministério das Cidades.