Plano estabelece ações e medidas estratégicas para orla de Corumbá e Ladário

Elaborado após uma ampla discussão entre a comunidade, entidades representativas, o empresariado local e os poderes Municipal, Estadual e Federal, o Plano de Gestão Integrada (PGI) para a orla portuária de Corumbá estabelece várias ações e medidas estratégicas a serem desenvolvidas na região a curto, médio e longo prazo.

O plano foi apresentado nesta quarta-feira (10), durante audiência pública promovida pela Prefeitura no Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gómez, pela primeira-dama e diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e do Patrimônio Histórico (Fuphan), Maria Clara Scardini.

“Essas diretrizes foram amplamente debatidas, de forma participativa e representativa, ainda no ano passado”, afirmou Maria Clara. “Durante a audiência, fizemos mais um amplo debate daquilo que efetivamente queremos para a nossa orla”, continuou. Para permitir um plano mais detalhado, a equipe da Fuphan subdividiu a orla em três partes.

Em cada uma delas, as características, a ocupação humana e os problemas detectados foram analisados de forma isolada e conjunta. A primeira área vai do parque Marina Gattass até a ponte de captação de água, onde está inserido Eco Parque Cacimba da Saúde, a escola Tilma Fernandes Veiga e centenas de famílias ribeirinhas.

A segunda vai da ponte até o Posto Nave. “Aqui temos toda a área tombada pelo Iphan, o atracadouro de barcos e muitas embarcações abandonadas, principalmente na área da Prainha Vermelha”, detalhou a primeira-dama. O último trecho se estende do posto até o Hotel Gold Fish, na divisa com Ladário.

“Nossa proposta é também usar esse Plano de Gestão Integrada para fazer parte do Plano Diretor da cidade, que foi elaborado em 2006 e precisa ser atualizado”, finalizou a diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e do Patrimônio Histórico de Corumbá.

De acordo com a Superintendência do Patrimônio da União de Mato Grosso do Sul (SPU/MS), somando Corumbá e Ladário, a orla tem uma extensão da 14 quilômetros. “Vai da fronteira da Bolívia até o Rabicho, na Baia Vermelha. É uma área extensa e que teve diferentes tipos de ocupação”, afirmou Mário Sérgio Sobral Costa, superintendente da SPU/MS.

Professor da Universidade do Pará e integrante do Programa Orla, Eduardo Brandão apresentou toda a história do projeto federal, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente inicialmente na zona costeira do País. Segundo ele, Corumbá chega, com a realização da audiência pública, a quarta etapa do programa, de um total de 10.

“A próxima é a captação de recursos para execução dessas ações”, explanou, reiterando que o Plano de Gestão Integrada tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento social ambiental de forma sustentável, preservando também esses ambientes ecologicamente frágeis.

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