Caravana Binacional Pantaneira marcada para outubro em Corumbá

Turismo, aventura, consciência ambiental e esporte. Essa é a mistura proposta pela Caravana Binacional Pantaneira que será realizada pela primeira vez no Brasil, tendo Corumbá como ponto de partida, reunindo motociclista e quadriciclistas do Brasil, Bolívia e da Europa. Será uma aventura pelo Pantanal Sul-Mato-Grossense, até chegar a Campo Grande, passando por áreas alagadas, chapadas, morrarias e cerrado.

 

A realização foi tema de um encontro na quinta-feira, 15, na Fundação de Cultura, entre os idealizadores do projeto com uma equipe da Prefeitura Municipal. Na reunião ficou definido que a Caravana Binacional Pantaneira vai acontecer em outubro, com largada prevista para o dia 18. Os detalhes foram discutidos no encontro que contou com as participações do secretário de Governo, Hélio de Lima; da diretora-presidente da Fundação de Cultura, Márcia Rolon, além de uma representante da Fundação de Turismo.

 

Na oportunidade, o secretário Hélio de Lima informou que a Prefeitura dará apoio logístico ao evento, cujo lançamento está previsto para o dia 18 de outubro, às 18 horas, no Centro de Convenções Miguel Gómez, com uma série de apresentações culturais, exposições de artesanato local e cadastramento dos participantes.

 

O diretor e um dos idealizadores do projeto, Romeu Angelo Roman, explicou que a ideia surgiu da necessidade que os brasileiros tinham em ter um evento parecido aqui no Brasil. “Foi então que sugeri a organização de um evento na região de Corumbá, no Pantanal, ideia muito bem aceita por todos. Agora estamos trabalhando para realizar este grandioso evento em outubro”, explicou.

 

O itinerário escolhido é o mesmo utilizado pelas comitivas de gado, em período de cheias no Pantanal, quando os peões são obrigados a percorrer longas distâncias, retirando o gado das áreas alagadas, levando-os para regiões mais altas.

 

O ponto de partida da Caravana Binacional Pantaneira, já batizada de “Comitiva Pantaneira”, será em Corumbá, na fronteira com a Bolívia. De lá, o grupo segue para o Lampião Aceso, passando pela Estrada Parque, Porto da Manga, Curva do Leque, Passo do Lontra, Nabileque (região das águas), seguindo para os trechos radicais das morrarias e chapadas da Serra de Maracaju, passando pela Aldeia Bodoquena, Bonito e Aquidauana.

 

O trajeto a ser cumprido pelos quadriciclos e pelas motos, será sempre por estradas vicinais e trechos radicais, selecionados pela equipe de logística da Caravana. A chegada será Campo Grande.

 

O projeto visa, por meio do esporte, resgatar a história dos tradicionais peões pantaneiros nas suas jornadas com o gado, levando e trazendo boiadas por este imenso Pantanal, permitindo conhecer os métodos utilizados pelos peões durante as comitivas, atravessando rios, corixos, vazantes e áreas alagadas, agregando costumes, música e alimentação típica da região.

 

A Caravana

 

A ideia da Caravana Binacional Pantaneira surgiu em 1997, na Bolívia, com o nome de Caravana Andino- Amazônica, e contou com a participação de oito aventureiros praticantes do motociclismo de duas e quatro rodas, que tinham como objetivo resgatar as belezas turísticas localizadas em lugares distantes e de difícil acesso em território boliviano.

 

O roteiro chamou a atenção e, no ano seguinte, já haviam 60 quadriciclistas e motociclistas bolivianos e estrangeiros participando. Destacava-se entre eles um jornalista, editor da revista “4 Wheel ATV Action” e de outras reportagens nacionais.

 

A participação da imprensa tornou o evento um sucesso internacional, levando os organizadores – chamados atualmente de Caravana Ecoturística ATV Bolívia – a criarem uma logística profissional para o evento, com itens como: alimentação, hospedagem, abastecimento dos veículos, comunicação via satélite, atendimento médico e segurança para todos os participantes.

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