Quarenta e dois alunos do curso de Arquitetura da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, de Campo Grande, realizaram uma visita a Corumbá, no final de semana, para conhecer a arquitetura e o patrimônio histórico da cidade pantaneira. O grupo foi acompanhado pela assessora executiva da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico de Corumbá, Lauzie Mohamed Xavier, que destacou a importância da aula prática que os universitários tiveram na região na sexta, sábado e domingo.
“Foi importante a vinda deles à cidade. São universitários do curso de Arquitetura da Universidade Federal, que estão conhecendo o nosso patrimônio, nossos prédios históricos, e vão aproveitar para criar projetos após estas visitas”, disse, salientando que foram os próprios professores do curso que entraram em contato com a Fuphan para escolha de três imóveis para o trabalho.
“Quando eles pediram que escolhêssemos três terrenos com edificação histórica ou dentro da área tombada pelo Patrimônio Histórico, pensamos no antigo prédio da Enersul e os terrenos localizados na Ladeira Cunha e Cruz e na Rua Frei Mariano esquina com a Dom Aquino. Eles estão conhecendo e estes projetos serão apresentados à nossa equipe quando concluídos”, explicou Lauzie.
Segundo Juliana Trujillo, professora do 3º ano de Arquitetura, o trabalho de campo faz parte do curso. “Esse ano resolvemos vir até Corumbá, pela importância histórica que a cidade tem. Nas temáticas desse projeto temos que trabalhar com o novo dentro de um contexto já existente”, explicou.
Esta é a segunda etapa do projeto. A professora adiantou que, na primeira fase, os alunos trabalharam o centro de Campo Grande. Agora, a aula acontece em Corumbá, “uma cidade com prédios históricos e edifícios construídos e condensados nessa questão histórica. Eles terão que trabalhar uma nova edificação, pensando na questão histórica”, completou.
As alunas Marcela Araujo e Marcela Barp afirmaram ser um desafio pensar no novo prédio dentro da área da antiga Enersul, no Porto Geral, pelo fato dele estar condensado em uma região recheada de muita história.
“Trabalhar com o que já existe e com todo esse contexto histórico, será um desafio. Ainda mais que não podemos mudar o que já existe. Por isso vamos usar a arquitetura moderna com materiais novos integrado ao antigo”, explicou Marcela Araujo.
Os alunos permaneceram em Corumbá até o domingo. Durante os três dias, os universitários conheceram também os prédios históricos da cidade, principalmente da região do Porto Geral, que abriga antigas construções que traduzem em sua arquitetura muito do passado efervescente do comércio corumbaense, no período em que a cidade tinha o terceiro maior porto fluvial da América Latina.