Marcado para quinta-feira, 24, o 3º Colóquio sobre Doença Falciforme em Corumbá. O encontro é uma realização da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, com coordenação da Gerência de Promoção da Igualdade Racial da Casa da Cidadania, em parceria com a Associação Corumbaense das Pessoas com Doença Falciforme (ACODFAL).
O colóquio está marcado para o Centro de Referência de Assistência Social I (CRAS I) do Bairro Centro América. A abertura está marcada para as 19 horas, seguida de uma mesa redonda que vai debater Políticas Públicas em Saúde e o papel da ACODFAL como movimento social, tendo como palestrante Davi Vital do Rosário, da Associação; a Assistência Social em doença falciforme à luz do Plano Municipal de Igualdade Racial, a cargo da secretária de Assistência Social e Cidadania, Andréa Cabral Ulle.
Outra palestra focará a Lei 10.639 e a atenção nas escolas às pessoas com doença falciforme, a cargo da secretária de Educação, Roseane Limoeiro; e o Plano Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme – avanços e desafios no município de Corumbá, com a secretária de Saúde, Dinaci Ranzi. A noite reserva ainda um debate e o encerramento está previsto para as 21h30.
A doença
A Anemia Falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.
É causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta.
Os principais sintomas são dores fortes provocadas pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; dores articulares; fadiga intensa; palidez e icterícia; atraso no crescimento; feridas nas pernas; tendência a infecções e problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais.