Uma familiaridade que surpreendeu os instrutores durante a atividade de vivência na canoagem provou que os pequenos corumbaenses trazem no DNA as aptidões do povo pantaneiro. Mesmo com muitas crianças afirmando que nunca pegaram no remo para percorrerem as águas de um rio, elas mostraram que aprendem rápido a lição dos atletas do nosso estado que vieram para competir no Pantanal Extremo e ainda interagir com a população local.
Mariana Rondon, atleta da canoagem, conversou com a criançada da escola municipal Tilma Fernandes Veiga. Cada movimento com o remo foi explicado, bem como a importância dos equipamentos de segurança, entre eles, o colete salva-vidas. Antes de ir para água, todos se alongaram.
“Um evento desse porte tem que englobar a ação social com as crianças, tem, que englobar a população local de alguma forma. As crianças que estão participando agora tem tudo para se tornarem atletas para futuros eventos do esporte, anda mais aqui em Corumbá onde tem bastante recurso, tem muita água por isso é fundamental esse trabalho com elas”, avaliou a esportista.
Para garantir a segurança dos pequenos na água, equipes do Corpo de Bombeiros e Capitania Fluvial do Pantanal delimitam o espaço que pode ser percorrido. Em cada caiaque, uma criança era orientada por atletas como Admir Arantes, presidente da Federação de Canoagem de Mato Grosso do Sul.
No início, muitas crianças estavam cm receio, mas depois das primeiras remadas, difícil mesmo era tirá-las do rio. “Eu quero ir de novo. É legal”, disse Ezequiel dos Santos, 10 anos. Morador da rua da Cacimba da Saúde, as atividades na água são suas preferidas. “Eu já andei de canoa, não achei muito diferente, é bem legal do mesmo jeito”, comentou o garoto.
Também com 10 anos de idade e filho de pescador, Alexson Gimenez de Souza, mostrou grande habilidade para o esporte. Apesar de mostrar que dominou o caiaque, ele afirma que nunca havia se utilizado da embarcação esportiva.“Eu gostei muito. Nunca remei antes nem na canoa e é sério. Fiz aqui o que vi meu pai fazendo”, afirmou o menino.
Uma das meninas do grupo, Suzilene de Fátima da Silva, mostrava receio de entrar no caiaque, mas com o incentivo da atleta Mariana Rondon também deu suas remadas no rio Paraguai.
A vivência em canoagem conta com a experiência dos atletas sul-mato-grossenses e com a participação de acadêmicos do curso de Educação Física do Campus Pantanal, unidade da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em Corumbá. Na manhã desta 6ª feira, 22 de novembro, às 09 horas, a atividade será realizado mais uma vez com outro grupo de estudantes da rede municipal de ensino, no Parque Marina Gattas.