Obras de reforma e restauração do Hotel Galileu entram em sua fase final

As obras de reforma e restauração do Hotel Galileu entraram em sua fase final e devem estar concluídas no prazo de quatro meses. A notícia foi repassada ao prefeito Paulo Duarte esta semana, durante uma visita que o Chefe do Executivo corumbaense fez ao local, acompanhado da diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico, primeira dama Maria Clara Scardini.

 

“Uma boa notícia para todos nós: falta muito pouco agora, cerca de quatro meses, para devolvermos ao conjunto arquitetônico de Corumbá, este que é um dos mais antigos e tradicionais patrimônios históricos da nossa cidade, o prédio do antigo Hotel Galileu”, celebrou Duarte.

 

As obras foram retomadas pela Prefeitura em março de 2013, depois de um período de quase três anos de paralisação. Os serviços estão sendo acompanhados de perto pelo prefeito e pela diretora da Fuphan. No local, a equipe está trabalhando nas instalações elétricas, climatização, etapa final do projeto, e também na recuperação dos desenhos decorativos do prédio, verdadeiras obras de arte que estavam escondidas e que voltam a ganhar destaque com o trabalho do artista plástico colombiano Santiago Plata.

 

“Acompanhamos também o minucioso trabalho de restauração e resgate histórico do renomado artista rupestre, o colombiano Santiago Plata, em imagens pictóricas de mais de um século”, comentou Duarte.

 

O prefeito lembrou também que, após a conclusão das obras, o “Hotel Galileu, um verdadeiro ‘livro de história de tijolos’, que já hospedou presidentes como Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt e abrigou o sanfoneiro Mário Zan em seu momento de inspiração, quando compôs ‘Chalana’, estará disponível à população. Aqui não será só a nova casa da Fuphan, mas também da Gerência de Habitação de Corumbá e, por isso mesmo, contará com atendimento ao público”, revelou.

 

Redescoberta

 

O trabalho que está sendo executado pelo artista plástico colombiano vai permitir que a população corumbaense possa contemplar uma verdadeira obra de arte que são os desenhos quase apagados pelo tempo e escondidos por várias camadas de tinta ao longo de décadas de ocupação.

 

Estas obras estão ganhando destaque e encontram-se e fazem parte desta etapa de conclusão do projeto que está sendo executado com recursos da própria Prefeitura Municipal. A construção ganhou atenção especial de Santiago Plata que, depois da prospecção pictórica – identificação das camadas de tinta – está recuperando em folhas transparentes de PVC, todos os traços de trechos das pinturas que misturam motivos florais e geométricos do movimento art déco.

 

“É um trabalho quase arqueológico até encontrar melhores fragmentos. É preciso entender a lógica, a estética e a história da arte para nos auxiliar, além de elementos físicos como a lupa”, explicou Santiago. “O resgate iconográfico se dá com a colocação de um filme transparente de PVC sobre a parede e com uma caneta especial vamos continuando tentado resgatar os traços. Depois, passamos para outro suporte mais grosso que pode ser cortado e com isso replicar o desenho numa espécie de estêncil”, resumiu.

 

Santiago está trabalhando em recortes nas paredes de vários cômodos da construção desde o início de dezembro. Maria Clara explicou que esses recortes terão, além do apelo histórico, uma função didática. “A proposta é chamar a atenção com esses trechos que chamamos de ‘janelas do tempo’. Neles deixaremos uma parte sem a recuperação para contrastar com a recuperada. Assim, o visitante verá uma parede lisa em contraponto a esses recortes”, completou, lembrando que a pintura externa do prédio já foi iniciada. 

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