Transporte coletivo: desafio da intervenção é resgatar credibilidade

Nesta sexta-feira, 07 de fevereiro, a intervenção na concessionária de transporte coletivo que atua em Corumbá completa 18 dias. Inédita na história de Mato Grosso do Sul, a medida extrema adotada pela Prefeitura foi provocada pela péssima qualidade do serviço oferecido à população, inclusive com sérios riscos a integridade física dos usuários e funcionários.

 

Em pouco mais de duas semanas, algumas melhoras significativas já puderam ser sentidas pela comunidade. A quantidade de ônibus circulando pelas linhas municipais dobrou, saindo de oito no dia da intervenção para atuais 16 carros. Desse total, seis foram locados em caráter emergencial para reforçar a frota.

 

A falta de peças e de revisão nos veículos da empresa também está sendo solucionada gradativamente, assim como a dificuldade para aquisição de combustível. Dessa forma a Prefeitura, por meio do interventor, tem trabalhado para resgatar a credibilidade do transporte coletivo junto aos fornecedores e usuários.

 

O primeiro objetivo, conquistado parcialmente, é melhorar a regularidade nos horários e a manutenção dos ônibus. Prova de que isso tem sido alcançado é o aumento significativo no número de usuários registrado neste curto período. Esse crescimento no fluxo de passageiros viabilizou o pagamento de todos os funcionários da concessionária, efetuado nesse quinto dia útil de fevereiro.

 

Na data da intervenção, pelo menos 15% dos empregados não tinham recebido o salário de dezembro. Para não penalizar ainda mais os trabalhadores, afetados diretamente pela má qualidade do serviço, o débito foi quitado, bem como o vale salarial, antes mesmo da nova gestão completar uma semana.

 

Fiscalização

 

Paralelamente ao trabalho desempenhado pelo interventor, a Agência Municipal de Trânsito e Transporte de Corumbá (Agetrat) tem mantido a fiscalização do serviço. Segundo Silvava Ricco, diretora-presidente do órgão, a utilização indevida de vales-transportes foi o principal problema detectado pelos fiscais.

 

“E agora com a volta às aulas, esse trabalho de fiscalização será intensificado”, afirmou. Silvana também integra a comissão processante que averigua as causas determinantes de possíveis irregularidades e apura as eventuais responsabilidades pela péssima qualidade do serviço de transporte coletivo de passageiros no município.

 

O secretário municipal de Governo, Marcio Cavasana, e o consultor legislativo Eduardo Anderson Pereira, são os outros membros da comissão processante, que tem até o final de maio para apresentar do relatório conclusivo dos trabalhos.

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