LIRAa aponta aumento de infestação do Aedes mas notificações são menores

Apesar do crescimento do índice de infestação do mosquito Aedes aegypti no último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), o número de notificações foi bem interior ao registrado neste mesmo período, em 2013. Desta vez, o Município fechou a semana epidemiológica 10, em março, com 42 notificações contra 156 registradas no ano passado.

 

A informação é da chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Walkíria Arruda, observando que, em 2013, o 2º ciclo do LIRAa, realizado no mesmo período, apontou uma incidência de infestação na cidade de 5,5%, contra os 8,11% registrados na semana passada.

 

Para ela, o crescimento se deve principalmente às chuvas que ocorreram no final de fevereiro e início de março, que influenciaram no surgimento de focos do mosquito. Mas, apesar do alto índice, Walkíria comemorou a queda no número de notificações, em relação a 2013, e principalmente em relação aos índices de pendência e cobertura neste primeiro ciclo de 2014, janeiro e fevereiro.

 

“Fechamos o primeiro ciclo com índices ótimos, com uma pendência de 9,41%, e cobertura de 88,09%. No ciclo anterior, novembro e dezembro de 2013, a pendência foi 27,43%, e a cobertura chegou a 71,63%”, destacou, lembrando que em relação ao primeiro ciclo de 2013, também houve melhoras. Naquela época, a pendência foi de 14,73% e a cobertura de 86,94%.

 

“Isto demonstra que os nossos agentes estão realizando seus trabalhos, visitando os imóveis. Mas é bom salientar que essa visita acontece de dois em dois meses, durante o LIRAa. Se a população não tomar os cuidados necessários, as larvas vão reaparecer nos reservatórios tratados ou eliminados”, observou, lembrando que a pendência somente não atingiu a meta devido aos imóveis fechados e desocupados.

 

Ainda em relação ao LIRAa, 2º ciclo, Walkíria demonstrou preocupação com o surgimento de larvas do mosquito em pequenos depósitos móveis (vasos e pratos de plantas, frascos com plantas, bebedouros de animais, etc.), e em lixo. “Mesmo com a realização do programa Ação Corumbá Contra a Dengue, ainda houve um aumento das larvas em lixo, isso significa que mesmo após a retirada desses materiais, os munícipes continuaram não descartando esses produtos. Além disso, com as chuvas, esta situação se agravou bastante no período que antecedeu ao LIRAa”, explicou.

 

A preocupação se deve ao fato do LIRAa ter apontado que 75,50% dos focos estão dentro dos imóveis habitados: 45,70% nos depósitos de armazenamento de água em nível de solo, e 29,80% em pequenos depósitos móveis. Lixo (recipientes plásticos, latas) sucatas e entulhos tiveram uma incidência de 15,23%.

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