Corumbá está pronta para ser, de novo, a Capital Sul-americana da Cultura

Pelo 11° ano consecutivo, Corumbá sediará o maior festival da cultura latina do continente. Durante os próximos cinco dias, a música, a dança, a literatura, o teatro e o cinema criarão o ambiente ideal para um amplo intercâmbio das tradições e costumes que tanto caracterizam o povo latino.

 

E para tornar esta atmosfera ainda mais fértil, a Prefeitura preparou uma série de ações voltadas para apresentar e divulgar a história e os costumes pantaneiros. No Pavilhão das Nações, o estande do Município vai expor peças do artesanato característico da região e oferecer todo tipo de informação aos turistas.

 

Peças em madeira, salsaparrilha e trabalhos manuais (bordados e crochês) serão alguns apresentados por cerca de 20 artesãos da região. Para este ano, a Cassa do Massabarro terá um espaço exclusivo na mostra. Fundada em 1985 no bairro da Cervejaria, a associação realiza um importante trabalho de inclusão com os jovens do local.

 

Aproveitando a mobilização proporcionada pelo 11º FAS, a Fundação de Cultura de Corumbá e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vão realizar conjuntamente o cadastramento dos artesãos.

 

“Com a carteira nacional de artesão, eles conseguem uma série de benefício”, explicou o gerente de fomento e difusão cultural, José Antônio Garcia, mais conhecido como Tanabi. O cadastro acontece na Casa de Cultura Luiz de Albuquerque (ILA), entre os dias 01º e 03 de maio, das 13h30 às 17 horas.

 

Exposições e oficinas

 

Ao longo de todo o Festival América do Sul, alguns dos principais artistas de Corumbá estarão em destaque. No Sesc, a artista plástica Marlene Mourão, a Peninha, apresenta o mostra “Corumbá – O Pantanal, sua Gente e os Seres que aí Permeiam”. No tradicional Quebra Torto com Letras, o poeta corumbaense Benedito C. G. Lima participa do bate-papo literário na sexta-feira, dia 02.

 

No mesmo dia, a professora Arlinda Cantero Dorsa (doutora em Língua Portuguesa – PUC) faz o lançamento do livro “Análises Intertextuais Sul-Pantaneiras” no Moinho Cultural Sul-Americano.

 

Antes, na quinta-feira, a professora doutora Susylene Araújo, pesquisadora sobre a obra e a vida do poeta corumbaense Lobivar Matos, lança um livro e fará a doação de material inédito do autor, entre eles, manuscritos e dois livros: “Renda de Interrogações” (poemas) e “Cacos de Vida: contos”. 

 

As obras do “poeta desconhecido”, alcunha dada a Lobivar por ele mesmo, serão entregues para o Núcleo de Arquivo e Memória do Município, projeto em implantação e que foi contemplado com recursos do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul.

 

Siriri e Cururu

 

Fortemente associado à cultura pantaneira, o cururu e o Siriri também estarão presentes na programação. A partir desta quarta-feira, acontece a apresentação e demonstração das peças expostas pelos detentores do saber. Os ministrantes serão Sebastião de Souza Brandão, de Ladário, e Vilmara da Silva Vidica, de Cuiabá.

 

Na quinta, o artesão e mestre cururueiro Sebastião Brandão ministra um workshop sobre o modo de fazer a Viola de Cocho, do acabamento à montagem. Duas bailarinas da Oficina de Dança do Pantanal participam do evento ensinando os passos do Siriri, dança típica que acompanha o Cururu.

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