Domingo, 20 de abril, a intervenção da Prefeitura de Corumbá na Canarinho LTDA completou três meses. Neste período, a eficiência da empresa aumentou em 10%, conforme o balanço feito pela atual administração da concessionária. Antes da intervenção, a Canarinho fazia entre 60% e 70% do cumprimento de viagens – ou seja, fazia a sua rota sem quebrar. Hoje esse número bate a casa dos 80%.
Até janeiro deste ano apenas oito carros estavam circulando nas linhas, 18 encontravam-se parados. Desses, cinco estavam com o motor fundido. Por causa dessa situação precária, a Prefeitura acabou alugando mais seis ônibus e, de imediato, aumentou a frota para 14 carros.
Ainda conforme levantamento do interventor, em dezembro de 2013 havia um registro na empresa de 207.372 passageiros transportados. “Em janeiro, nos 10 dias de intervenção nós tivemos, 161.182 passageiros. Já em fevereiro temos 204.327 e agora em março foram registrados 218.615”, detalhou Valney de Oliveira, interventor nomeado pelo prefeito Paulo Duarte para gerir a empresa.
Mesmo com a melhora considerável do serviço, a quebra dos ônibus ainda acontece constantemente. “Assim era antes da intervenção e hoje em dia ainda há quebras quase todos os dias, isso tudo porque antes a empresa não realizava revisão preventiva”, continuou o administrador.
“Desde janeiro, quando assumimos a empresa, está sendo feito um sistema de revisão preventiva, mas infelizmente, por não possuirmos ônibus reservas, esse trabalho é feito cada vez que um ônibus quebra. Ou seja, ele passa por essa revisão e depois é feita a troca da peça que quebrou, assim quando o veículo quebra novamente só é feita a troca da peça necessária”, complementou.
Valney lembrou que como antes essa revisão preventiva não era feita, agora as despesas aumentaram, uma vez que é necessária a revisão do veículo todo e a troca de algumas peças. Fora os problemas mecânicos, a Prefeitura ainda encontrou no início da intervenção funcionários com o salário atrasado e desmotivado, sendo que os mesmos chegaram a realizar uma paralisação parcial dos serviços. Hoje o pagamento está em dia.
Conforme determina o Decreto nº 1.297, a intervenção é apenas realizada para garantir os serviços à população corumbaense e não para compra de novos ônibus ou troca da frota, uma vez que se não houvesse essa medida extrema a empresa naturalmente ia parar de prestar os serviços.
“Os problemas só poderão ser resolvidos com uma nova licitação onde novas regras devem ser implementadas, como a colocação de catracas mecânicas para o controle correto do número de passageiros e principalmente que a frota colocada a disposição seja nova”, concluiu Valnei Oliveira.