Mesmo no frio, população tem que estar alerta e eliminar focos da dengue

Corumbá iniciou a semana com um clima bastante atípico, bem diferente da maior parte do ano. A frente fria que chegou no domingo, 13, reduziu de forma acentuada o Aedes aegypti na área urbana. Mas, se engana quem pensa que, neste período, o mosquito não transmite a doença. Registros apontam grande incidência de notificações durante o frio, época em que a população relaxa na prevenção.

 

“A população não deve se descuidar durante períodos de frio. É preciso continuar atenta e eliminar os focos da dengue. A preocupação em relação à dengue é permanente”, alertou o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, o médico infectologista Rivaldo Venâncio da Cruz.

 

Ela orienta a população corumbaense a se manter em alerta, limpando seus imóveis, “eliminando qualquer tipo de objeto que pode se transformar em um criadouro em potencial do Aedes aegypti”, observou, destacando que o frio não impede a proliferação e, consequentemente, os casos de dengue.

 

O infectologista destaca que a população deve aproveitar o frio para combater a doença, e que a melhor forma é a limpeza, eliminando os possíveis criadouros. Segundo ele, o fato do mosquito não ‘aparecer’ nestes períodos, não pode fazer com que ocorra um relaxamento, redução das ações de prevenção. Reforçou que é preciso continuar em alerta e que todos devem se preocupar e eliminar os focos.

 

Entre os focos em potencial da dengue estão os reservatórios a nível de solo, os pratinhos de plantas, ralos abertos, bebedouros de animais e outros. Além das ações que continuam sendo desenvolvidas na cidade por meio da Secretária de Saúde da Prefeitura, é preciso que os moradores fiquem atentos, tampando os reservatórios, fechar vaso sanitário, vedar ralos, eliminar os pratinhos de plantas, renovar sempre a água dos animais, manter as calhas e os quintais sempre limpos, eliminando matéria orgânica como folhas e restos de alimento de animais.

 

Rivaldo alerta também que, nesta época de frio, outras doenças podem ocorrer, sobretudo doenças virais, respiratórias. “Todos devem estar alertas e, em caso de febre, dor de cabeça, é preciso procurar um posto de saúde, evitando a automedicação. É preciso lembrar que o problema pode ser outro, e não a dengue”, explicou.

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