A Prefeitura Municipal de Corumbá está projetando um novo anel viário para a cidade. Coordenadas pela Fuphan (Fundação do Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico), equipes de várias secretarias municipais estão realizando estudos para a escolha do melhor traçado, segundo explicou Maria Clara Scardini, diretora-presidente da Fundação.
“Hoje, o nosso Anel Viário já está defasado, ele está como ficou a antiga avenida Zahran, em Campo Grande, onde a cidade cresceu e tomou conta. Hoje, na verdade, temos um anel viário por onde passam e estacionam caminhões no centro da cidade porque ali já consideramos centro”, comparou.
Segundo Maria Clara, “já passou a hora de Corumbá planejar um novo anel viário”, diante da situação instalada atualmente com a qual residências e escolas encontram-se no trecho que era destinado para o tráfego de veículos pesados.
“Hoje é um fato: não temos como tirar as pessoas dali. É o contrário, temos que pensar num novo anel viário. Como está, acaba sendo um problema não apenas para os moradores, mas para o próprio transporte que tem seu fluxo prejudicado. Então, se planejarmos desde já um novo anel viário, teremos muito mais fluidez e isso é bom para a população e para o setor”, avaliou a diretora-presidente da Fuphan, autarquia que tem entre suas atribuições o planejamento urbano.
Para a Agetrat (Agência Municipal de Trânsito e Transporte), a configuração do atual anel viário traz ainda episódios preocupantes por compartilhar o trânsito de carga pesada em mesma via com carros de passeios, motos e demais veículos menores.
“Como o anel tem um traçado reto e com um asfalto diferenciado, isso estimula muitos motoristas a empreender alta velocidade e não é raro presenciarmos acidentes, alguns fatais”, observou Silvana Ricco, diretora-presidente da Agetrat, ao apontar a necessidade de deslocar o local do grande fluxo de veículos pesados.
Viabilidade
As equipes da Prefeitura Municipal estão avaliando três novos traçados para o anel viário, levando em conta principalmente, de acordo com Maria Clara Scardini, a viabilidade de sua execução.
“Estamos buscando unir o que seja mais viável com aquilo que atenda o planejamento de expansão. Não adianta a gente planejar um anel que se inviabilize de executar pelo valor. Estamos tentando equilibrar a viabilidade com o planejamento urbano da cidade”, observou.
A diretora-presidente comentou que o novo traçado do anel viário traz com ele agregado, uma proposta maior de ordenamento atrelada ao transporte de cargas.
“Quando a gente fala em anel viário, falamos também na criação de um novo polo logístico. Isso tudo está sendo estudado por nossa equipe técnica para discutirmos com a área de interesse, que são as transportadoras”, disse ao revelar que a intenção da Prefeitura Municipal é, após a elaboração do projeto, promover reuniões com os empresários de transporte.
“Estamos abertos para esclarecer dúvidas. Neste primeiro semestre, estamos em fase de finalização do estudo do local. No segundo semestre, chamaremos o setor para mostrar o projeto, pois queremos que os maiores interessados participem ativamente desse processo”, afirmou.
Com o projeto concluído, a Prefeitura irá buscar de recursos junto ao Governo Federal para a execução das obras, conforme assegurou a diretora-presidente da Fuphan.