Maria da Silva Pereira mora há 25 anos no Assentamento Taquaral (Agrovila 3) e é professora das séries iniciais da Escola Municipal Rural Pólo Monte Azul. Foi durante sete anos diretora da escola, onde também leciona há mais de duas décadas. Viu a escola se desenvolver ao longo dos anos, mas achou que não ia viver para ver a reforma completa da unidade de ensino.
“Eu já estava sem esperança, entra administração e sai administração era a mesma coisa, promessa atrás de promessa. Mas essa gestão foi diferente, se preocupa com a gente. Antes a gente tomava água dura (salobra) aqui, hoje tomamos água potável, não falta mais merenda. Isso melhora a auto-estima e o nível de aprendizagem”, contou a educadora.
E as coisas melhoraram também lá pras bandas da moradia da dona Maria, na região da Agrovila 3. “Há um tempo nos travessões lá perto de casa a gente só passava de trator, de tão ruim. Quando chovia não dava nem pra sair. Agora jogaram cascalho, nivelaram e facilitou muito o acesso”, recordou.
Maria também elogiou o fato do prefeito ter ido visitar a obra: “Mostra que ele se importa com a escola. Além do mais, como se diz aqui, o olho do dono engorda o boi”. Além do benefício direto à educação, a reforma da escola está gerando também desenvolvimento econômico aos moradores do Assentamento Taquaral. Isso porque alguns assentados estão sendo contratados para as obras de reforma e ampliação da escola Monte Azul.
É o caso de Valter Paulo de Andrade, que mora na região há 25 anos e se diz emocionado por estar ajudando a reformar a escola onde seu filho Lucas Lopo de Andrade, de 8 anos, estuda e estudará por muitos anos.
“Significa tudo pra mim, pois estou ajudando a reformar e construir o lugar que vai dar o futuro ao meu filho. Foi assim com o mais velho, que hoje está com 17 anos, que se formou aqui e hoje estuda no Paiolzinho. Quando eu cheguei aqui, em 1989, essa escola era um barracão de palha, a gente tinha de andar 10 quilômetros pra chegar e quando chovia, sem chance. Hoje tem transporte escolar, tem escola de alvenaria e vai ter até ar condicionado”, contou o pedreiro.
José de Souza Silva, diretor do Monte Azul, foi outro que acompanhou de perto todo o desenvolvimento da unidade escolar. “Trabalho na escola há 24 anos. Foi meu primeiro emprego de carteira assinada”, contou. “Naquela época era uma realidade bem diferente. A escola era de pau a pique e lona. Para entrar na sala tinha que arregaçar a barra da calça, tirar o sapato e entrar na lama”, continuou.
“Pra mim é muito gratificante, pessoal e profissionalmente, participar dessa grande mudança. Comecei na escola como professor leigo e busquei me qualificar profissionalmente. E ver a escola ficando cada vez mais digna, mais completa, é uma grande alegria”, concluiu José de Souza.