As intensas ações de prevenção e combate à dengue estão surtindo efeito na cidade. Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) apontou uma incidência de 2,80%, bem abaixo do segundo ciclo, realizado em março, quando a infestação estava com 8,11%. Em janeiro, no primeiro ciclo, foi de 4,63%.
O LIRAa foi realizado nos dias 05, 06 e 07 de maio, após o desenvolvimento de uma ação voltada para eliminar os focos da doença, que teve atuação de todos os agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde. “O levantamento apontou uma redução sensível mas, mesmo assim, ainda está acima daquilo que pretendemos que é ficar a baixo de 1%, que é o aceitável pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde”, explicou a chefe do CCZ, Walkíria Arruda.
Ela apontou a última ação (programa outono sem dengue), como de extrema importância para a redução dos índices. “Foi um trabalho voltado para eliminar os principais depósitos de infestação do Aedes aegypti. O resultado foi positivo em várias regiões da cidade, mas precisa ser melhorado ainda”, explicou.
Ela faz uma referência especialmente aos depósitos utilizados para armazenamento de água ao nível do solo, bem como aos pequenos depósitos móveis (vasos e pratos de plantas, frascos com plantas, bebedouros de animais, etc.), que continuam responsáveis por 82,20% de infestação (reservatório com 60% e depósitos móveis com 22,20%). Foram encontradas larvas também nos depósitos fixos e lixo, com 8,90% cada.
Por bairros, o Arthur Marinho, desta vez, foi o que apresentou maior incidência, com 10%, seguido da Popular Velha com 8,11; Cristo Redentor com 6,12; Centro América com 5,71, Generoso com 4,55; Nova Corumbá com 4,10; Guarani com 4,00, centro 2 (da Antônio Maria Coelho até a Albuquerque) com 3,95; Previsul com 3,85; Guató com 3,37; Aeroporto com 2,78; Universitário com 1,47; centro 1 (da Antônio Maria Coelho até Edu Rocha) com 1,37; Dom Bosco com 1,16; Popular Nova com 1,12. Os bairros Nossa Senhora de Fátima, Jardim dos Estados, Maria Leite; Beira Rio, Cervejaria e Industrial não apresentaram focos.
Este foi o terceiro ciclo do LIRAa e os índices estão bem abaixo do segundo quando a Nova Corumbá apontou uma incidência de 18,31%; Guarani com 16,28%; Guató com 14,81%; Cristo Redentor com 14,55%; Dom Bosco com 14,29%; Centro América com 13,33%; Popular Velha 11,84; Universitário com 7,53%, Centro 1 com 5,98%; Centro 2 com 4,91%; Generoso com 4,88; Previsul com 4,35%; Popular Nova com 4,12%, e Nossa Senhora de Fátima com 3,57%.
Ação
Enquanto programa nova ação do outono sem dengue, o CCZ divulgou o balanço da primeira que aconteceu no final de abril. Foram visitados 270 imóveis que apresentaram focos do Aedes por mais de duas vezes. Em todos eles, os agentes detectaram a presença da larva do mosquito, sendo necessário o tratamento, principalmente nos depósitos que armazenam água ao nível do solo. Para se ter uma ideia, o CCZ distribuiu 80 telas para cobertura de depósitos e coletaram 15 toneladas de resíduos (lixo), tudo no interior dos imóveis visitados.