Mesmo inacabada, drenagem já minimiza problemas de inundação no Cravo

A rede de drenagem da Rua Sete de Setembro, no Cravo Vermelho, ainda não foi concluída. Os serviços estão em sua fase final. Apesar disso, a parte da galeria já implantada, livrou a comunidade do Cravo Vermelho II e III de sofrer o mesmo drama de épocas passadas, quando, em períodos de chuvas, tinham suas casas invadidas pela água que desce da região de morraria.

 

Uma prova disso foi a última forte chuva da semana passada. A tubulação implantada em praticamente toda a extensão da Sete de Setembro, do Cravo I até próximo à Escola Municipal Almirante Tamandaré, captou toda a água que desce da região de morraria, minimizando os problemas dos moradores do Cravo II e III.

 

Ainda nessa terça-feira, 27, enquanto as equipes trabalhavam na continuidade da galeria, muita água corria por um canal aberto até a tubulação. Segundo Osvaldo Franco, funcionário da empresa responsável pela obra, se isto não tivesse sido feito, certamente as casas seriam inundadas. “Foi uma chuva forte. A água que desceu por esta rede, desaguou na galeria do Cristo junto com a de outra região, e o volume d’água foi muito grande”, comentou.

 

Solucionar o problema

 

O prefeito Paulo Duarte acompanhou de perto as intensas chuvas do último final de semana na cidade. “É uma preocupação constante, um problema que só se resolve com uma obra como esta que estamos implantando no Cravo Vermelho. É um serviço que não aparece, fica debaixo da terra. Mas é de extrema importância para acabarmos com as inundações durante as chuvas”, comentou.

 

Duarte lembrou que o Cravo Vermelho foi um desafio. Os problemas da comunidade local com as chuvas vinham sendo acompanhados pelo prefeito já há alguns anos. Nos primeiros dias de sua administração, ele esteve no local, conversou com os moradores e revelou que iria buscar uma solução.

 

E a alternativa encontrada foi executar a rede de drenagem com recursos próprios. “É uma obra que muitos não gostam de fazer porque não aparece, mas é de extrema importância. Por isto mesmo estamos aplicando recursos próprios na sua execução”, ressaltou. “Além disso, é uma obra que encarece devido ao nosso tipo de terreno, rochoso. Mesmo assim, encaramos o problema e estamos buscando melhorar as condições de vida das famílias que residem no Cravo”, completou.

 

O Chefe do Executivo corumbaense lembra que a Prefeitura está trabalhando novos projetos de drenagem para solucionar este tipo de problema que afeta comunidades de outras regiões da cidade, “mesmo sabendo que depois vem o asfalto e ninguém lembra que, por ali, passou uma obra de drenagem como esta. Mas, o importante é solucionar situações como esta do Cravo e de outras regiões”, disse.

 

Duarte ressalta também os projetos em andamento e aqueles que estão em fase de tramitação no Governo Federal. “Estamos com dois residenciais com 1040 unidades habitacionais em início de construção. Os dois contarão com toda infraestrutura necessária. Antes do asfalto, vem a drenagem. Já temos muitos problemas antigos que estamos procurando resolver. Não podem os, de forma alguma, implantar novos empreendimentos e deixar um serviço como este de lado. Seria aumentar um sério problema que afeta a nossa população. Temos que resolver e não aumentar os problemas”, afirmou, lembrando a situação das famílias residentes no Residencial Guató, construído sem a infraestrutura necessária e que, hoje, sofre com inundações.

 

No Cravo

 

No Cravo Vermelho II e III, a Prefeitura está concluindo os últimos metros da drenagem. A obra faz parte de um pacote lançado pelo prefeito Paulo Duarte que atende também o Bairro Guarani, no valor de R$ 2.950.551,61, sendo R$ 1.887.330,92 só para drenagem, verba oriunda da própria Prefeitura, proveniente de impostos que a população paga, e R$ 1.063.220,69 para pavimentação asfáltica, recurso do Governo Federal, via emenda parlamentar do senador Delcídio do Amaral.

 

A drenagem que está sendo implantada na Sete será responsável pela captação de toda água que desce da região de morraria, em período de chuva. Somente após a conclusão dessa obra é que o pavimento asfáltico será concluído, melhorando a vida das famílias residentes no Cravo Vermelho II e III, que sofrem com inundações de suas casas.

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