Saúde busca atendimento mais humanizado capacitando o servidor

A Secretaria de Saúde de Corumbá chegou a mais uma UBS (Unidade Básica de Saúde) com a Oficina de Humanização em Saúde. Desta vez, a equipe contemplada com a ação foi a da UBS Pedro Paulo II, na área central da cidade.

 

Por meio de discussões e dinâmicas em grupo, os profissionais buscam ampliar a abordagem interdisciplinar nas dimensões do cuidado, com ênfase na prestação de uma assistência humanizada e acolhedora.

 

“Temos muito que trabalhar o acolhimento, mas temos que ter um diálogo com o usuário, tem que ter uma reciprocidade, um respeito mútuo”, disse o prefeito Paulo Duarte, que esteve presente na abertura da Oficina.

 

O Chefe do Executivo ressaltou a eficácia do trabalho em equipe como meio para se ampliar resultados qualitativos no setor da saúde pública. Ele ainda pontuou que as melhorias na rede municipal não são eficazes se não vierem acompanhadas do caráter humano no atendimento.

 

“Em sete dias entregamos duas unidades de saúde (UBS Padre Ernesto Sassida, no bairro Dom Bosco, e UBS Humberto Pereira, bairro Nossa Senhora de Fátima), vamos entregar até o final do ano a UPA do bairro Guatós. Temos ainda o projeto de reforma do Pronto-Socorro, mas isso são obras físicas, o que está sendo feito aqui é melhorar nossas relações humanas, primeiro, internamente, porque se não tivermos uma boa relação entre nós, como vamos atender quem vem em busca de nossos serviços?”, lembrou.

 

O chefe do Executivo afirmou que o SUS (Sistema Único de Saúde), apesar de todas as críticas, se mostra eficiente. Um dos argumentos favoráveis a isso é baseado em dados de uma pesquisa realizada no município que apontam que 70% das pessoas da classe A e B de utilizam os serviços públicos de Saúde. Somado a isso, o município ainda atende um público distinto, que é o trazido pela fronteira.

 

“Corumbá oferece atendimento indistinto a todos que buscam seus serviços, independente da nacionalidade. Hoje, o que está faltando na vida das pessoas é ter mais relação humana, a coisa está muito mais mecânica e a tecnologia é uma coisa curiosa, pois aproxima quem está longe e distancia quem está perto. Esse trabalho, com todas as dificuldades que temos na saúde, vem para melhorar nossas relações humanas e o atendimento ao público”, afirmou.

 

O que é? Para que?

 

Célia Flores, assessora executiva da Política de Humanização Municipal, trouxe o conceito técnico para uma forma bastante simples de se compreender o tema da oficina.

 

“Humanização é o cuidado sempre se imaginando, colocando no lugar do outro, como eu quero ser tratado e como quero que os outros sejam tratados. É uma série de cuidados com o paciente, o cuidado consigo mesmo é humanizar, relações de cogestão”, resumiu ao destacar que o conceito tem um objetivo bastante claro.

 

“Humanização é o conceito de viver bem, com humanidade e dignidade, desconstruir essa ideia de que ela está colada com doença. A política de humanização trabalha a prevenção, promover ações para que não se adoeça”, esclareceu.

 

A Oficina de Humanização contemplará as 17 unidades básicas de saúde e as 20 equipes que nelas atuam. A ação já atingiu as UBS’s Êneo Cunha, Ernesto Sassida e Beira Rio.

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