Forte Coimbra comemora sua padroeira Nossa Senhora do Carmo, amanhã

Marcadas para a quarta-feira, 16 de julho, as celebrações pelo Dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Forte Coimbra. A data está sendo lembrada com uma intensa programação como shows musicais, dança, missa, procissões terrestre e fluvial, entre outros atrativos. A festa é organizada pelo comando da 3ª Companhia de Fronteira Porto Carrero em parceria com a Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação de Cultura de Corumbá.

 

A data é comemorada com muita fé. Credita-se a Nossa Senhora do Carmo, milagres ocorridos durante as batalhas contra espanhóis e paraguaios, em 1801 e 1864, respectivamente.

 

Na primeira batalha, a história relata que Nossa Senhora do Carmo livrou a guarnição militar do forte que contava com 110 homens, cinco canoas e três canhões, de um massacre no dia 17 de setembro de 1801, quando um exército espanhol formado por 600 homens, navios e 30 canhões, tinha ordem de ocupar o lugar na disputa pelo território com Portugal.

 

Após nove dias de batalha, os espanhóis venceram, mas bateram em retirada ao verem a imagem da santa na entrada do forte. Desde então, a imagem passou a ser referenciada pela população local.

 

A segunda manifestação ocorreu durante a Guerra do Paraguai. No dia 28 de dezembro de 1864, a tropa paraguaia com 3,2 mil homens, 41 canhões, 11 navios e farta munição cercou o forte. Os brasileiros, com 149 homens, resistiram até o segundo dia, quando um soldado exibiu a imagem da santa e os inimigos suspenderam o fogo, permitindo a fuga dos sobreviventes.

 

A mesma imagem, trazida pelo construtor e depois comandante do forte, Ricardo Franco, encontra-se na capela da vila, onde recebe as honras militares.

 

Nesta quarta-feira, 16 de julho, a imagem é carregada por uma guarda real com vestimentas de gala da época do Império, em procissão que segue da capela para a vila militar e termina no Rio Paraguai.

 

O Forte Coimbra foi construído em 1775 e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) 200 anos depois.

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