Outro caso de sucesso foi identificado pela Secretaria de Indústria e Comércio. Trata-se de Edna Taborga Coelho que, em 28 de fevereiro deste ano, saiu da informalidade e se tornou uma Microempreendedora Individual (MEI), que resultou em seu novo empreendimento, a “Pastelaria Real”, localizada na Rua América, 1298, que tem atraído um grande número de clientes a cada dia que passa.
De acordo com a empresária Edna, a ideia de montar a pastelaria saiu durante uma conversa em roda de tereré com a cunhada, Cecília Evanise Coelho. “A vizinhança sempre perguntava se sabíamos de um local onde vendia pastel. Um belo dia, a minha cunhada me falou: vamos montar uma pastelaria. Aceitei porque achei que a ideia poderia dar certo, apesar de não termos nenhum equipamento e não saber fazer nenhuma parte na preparação do pastel. Meu conhecimento era somente da parte administrativa”, confidenciou.
Edna lembra que nessa época, a sua cunhada estava com câncer, em tratamento, mas como ela não queria ficar parada, insistiu para montar a pastelaria.
“Fui atrás de um imóvel e, para nossa sorte, vimos que esse prédio da esquina da casa dela estava vago. Conversei com o proprietário e acabamos assinando um contrato de apenas seis meses, como teste. Ele mesmo achava que a nossa ideia não ia dar certo”, explicou.
Com local definido, restava acertar “como seria esse pastel. A sugestão da minha cunhada foi fazermos um pastel grande, como o que ela tinha comido em São Paulo, grande e bem recheado. No início a moça que trabalhava com a minha cunhada emprestou a máquina para bater a massa e a mesa para a gente”, explicou.
A mesa, no entanto, teve que ser trocada, em atendimento a uma exigência da vigilância sanitária. “Fizemos um empréstimo e compramos mesa correta, e começamos a trabalhar. Ela se encarregou do recheio, aproveitando que era sempre ela que fazia comida em grande quantidade, nas quermesses na Igreja. Fomos aperfeiçoando a receita da massa que haviam nos ensinado, e, com o tempo, também aprendi a fazer o pastel. Hoje sei fazer todas as partes”, lembrou.
No início, o trabalho era dividido entre Edna, a filha, o marido e sua cunhada. “No primeiro dia, abrimos às 11 horas para atender o pessoal da igreja e para que o pastor desse a sua benção. Todos ficaram impressionados com o tamanho do pastel e com o recheio”, comentou.
“Quem estava aqui filmou e colocou no facebook. Quando foi a noite isso aqui estava cheio, não tinha mais onde as pessoas sentarem. Acabei tendo que ligar e pedir mais cadeiras para que pudéssemos acomodar todos. Naquele dia, já nos conscientizamos que aquilo não era mais brincadeira, que tinha virado coisa séria”.
A empresária informou que, com o passar do tempo, o quadro clínico de sua cunhada se agravou e ela que antes ficava no caixa e nas compras, teve que arregaçar as mangas. “Acabei contratando mais uma funcionária para me ajudar”, disse, para em seguida revelar que chegou a pensar em desistir. “Mas, minha cunhada que estava na UTI, me disse que eu não podia desistir tinha que ter forças e continuar. Fiquei com isso na cabeça e fui levando. Ela faleceu fáz um mês e, por ela, decidi continuar e mostrar que eu podia levar isso aqui adiante”, revelou, emocionada.
Novos funcionários
Hoje a pastelaria conta com quatro funcionárias. São sete pessoas trabalhando, contando ela, o marido e a filha. Diante do sucesso alcançado, Edna já visualiza um voo mais alto: está deixando de ser uma Microempreendedora Individual, para montar a uma pequena empresa.
A Pastelaria Real oferece 16 tipos de pasteis: 12 salgados que variam dos sabores tradicionais de carne e queijo, até pastel de camarão e estrogonofe, além de quatro sabores doces.
E quem desejar saborear estas delícias, é só dar uma passadinha na Rua América, 1298, de segunda a sábado, no período das 07 às 13 horas e das 15 às 22 horas, e provar mais um caso de corumbaenses que estão deixando a informalidade, e se tornando empresários de sucesso na cidade.