No Tilma, projeto faz crianças criar gosto pela leitura e revela até escritores

Como forma de aprimorar a prática didática de professores de Língua Portuguesa, contribuindo, assim, com a melhoria da qualidade do ensino, a Escola Municipal Integral Tilma Fernandes Veiga trabalha com os alunos do 5º ao 8º ano, o gênero textual e o seu uso social. A atividade faz parte de uma preparação para a Olimpíada Nacional de Língua Portuguesa, que envolve anualmente alunos de toda Rede Municipal de Ensino (Reme).

 

 

As oficinas foram divididas em três áreas: poesias, para alunos de 5ª e 6ª série; memórias, com os estudantes de 7ª e 8ª série, e gênero crônicas, para os alunos do 9º ano.  De acordo com a professora de Língua Portuguesa, Lucibeme Barros, todo trabalho desenvolvido aprimorou a leitura e a escrita dos alunos, auxiliando os mesmos a desenvolver suas produções.

 

 

“A partir dessas produções, percebi que o gosto e prazer pela leitura aumentou por parte dos alunos, além de uma incrível descoberta de novos talentos, escritores na comunidade escolar”, conta.

 

 

Este é o caso da aluna Maria Paula, de 12 anos, aluna 7ª série. A estudante, que trabalhou o tema “Memórias”, conheceu um pouco sobre a história do Seu Agripino Soares de Magalhães, de 92 anos, uma das referências quando se trata do folclore musical pantaneiro.  Após entrevistar o mestre da viola-de-cocho ela compartilhou um pouco da experiência vivida. “Memórias Literárias fez com que eu lesse mais, melhorando bastante a minha escrita”, observou a menina.

 

 

A estudante, com os relatos de Seu Agripino, desenvolveu o texto ‘O Tocador da Viola de Coxo, suas memórias e minha história’. “Foi uma atividade diversificada, que contribuiu muito para o aprendizado dos alunos”, elogiou a professora e incentivadora dos trabalhos.

 

 

Formando leitores

 

Kadaja Fernandes Evangelista, aluna do 7º ano, não gostava de ler, pois achava cansativo. Mas ao mesmo tempo, a estudante sentia uma enorme vontade de se expressar, embora não soubesse como. Foi quando a iniciativa da professora Lucibeme Barros, estimulou o desejo e a curiosidade pelo universo literário.

 

 

“Tinha muita preguiça de ler, mas sempre quis colocar pra fora todos os meus sentimentos e traumas vividos na infância. Quando fiz o meu texto sobre ‘Memórias’, fiquei com muita vergonha de contar, mas a professora me incentivou e me levou ao café literário, realizado pelo Sesc”, contou. “ A partir desse dia, comecei a me interessar mais, me libertar do passado e aprender, através da literatura, a me expressar cada vez melhor”, compartilhou a estudante. “Hoje, amo livros e me encontrei nesse universo das palavras”, completou a aluna.

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