“A principal característica da orientação é correr utilizando não somente as pernas, mas a cabeça também”. Essa frase de Lúcio Brandão Alves, presidente da Federação de Orientação de Mato Grosso do Sul, pode ser usada para resumir o desafio pelo qual passam os atletas que se dedicam a esta modalidade esportiva que integra a programação da 2ª edição do Pantanal Extremo – Jogos de Aventura.
A Corrida de Orientação chama atenção do olhar leigo pelo fato do atleta carregar consigo uma bússola e um mapa. No percurso o desafio, além de manter o fôlego é achar os pontos indicados no trajeto representado no mapa e, em cada um deles, fazer a checagem digital por meio de um chip.
Quase 80 atletas concluíram na noite desta sexta-feira, 14 de novembro, a primeira etapa da prova, com largada e chegada na avenida General Rondon. Durante o percurso, eles passaram por pontos e prédios da arquitetura histórica da área central da cidade, como o Jardim da Independência, e do Porto Geral. “Foi uma forma de divulgar a cidade, seus atrativos, fazer o atleta de fora conhecer”, comentou Brandão que esteve à frente da coordenação da prova.
Ele comentou sobre o respeito que o Pantanal Extremo vem ganhando não apenas dentro do estado de Mato Grosso do Sul e como isso contribui para levar a mais pessoas o conhecimento sobre o esporte. “É bom a orientação fazer parte deste evento que está sendo conhecido nacionalmente e até mesmo internacionalmente.
De acordo com o presidente da Federação, a prova está contando com a participação de pessoas nos diversos estágios da prática do esporte que exige muito da mente e do corpo da pessoa.“Temos campeão brasileiro, campeão sul-americano a novatos que estão começando este ano na orientação. Nós nivelamos a competição pelo meio para que todos pudessem competir de forma igual”, comentou Brandão.
Entretanto, o esforço era nítido nos rostos que cruzavam a linha de chegada. Dividida em três categorias por sexo, a prova teve início às 20 horas e seguiu até próximo às 23 horas, já que a largada acontecia individualmente. A cada 3 minutos, um atleta partia para o desafio na cidade pantaneira.
Teve gente que esperou muito parta participar do Pantanal Extremo. Francielo Dalla Costa estreou no evento e elogiou a forma como ele foi estruturado. “Na verdade, já fiquei com vontade de participar o ano passado, mas não pude vir, então passei o ano inteiro aguardando a prova. Percebemos uma organização muito grande, percebemos que o pessoal se preparou mesmo para realizar o evento para levantar o nome da cidade de Corumbá”, disse o competidor.
Praticante da modalidade desde 2009, Odilene Vaz de Moura Pacheco da Costa, Campo Grande, também participou da Pantanal Extremo pela primeira vez e se surpreendeu com a organização do evento e receptividade do povo corumbaense. “Nível brasileiro, a prova estava perfeita. Tudo: o mapa, a população ajudou, os carros paravam para gente passar”, disse ao afirmar que indica a todos que gostam da prática esportiva participar do evento.
Sobre o calor que deve se instalar na tarde deste sábado quando aconteceu a segunda etapa da prova da corrida de orientação, a competidora diz qual será sua tática para driblar o sol pantaneiro, famoso por proporcionar altas temperaturas. “Vai ser hidratação, trabalho físico e usar a mesma técnica que me aproveitei hoje: observar bem o local e respeitar o corpo”, disse.
A segunda etapa da Corrida de Orientação está marcada para começar às 15 horas. O resultado será formulado com base na performance das duas etapas. A premiação está prevista para acontecer às 20 horas, na prainha do Porto Geral.