Escola Extrema reúne experiências que poderão ser ampliadas com “Extreminho”

Os resultados do projeto Escola Extrema foram apresentados na manhã desta sexta-feira, 14 de novembro, dentro da programação da segunda edição do Pantanal Extremo – Jogos de Aventura. A proposta iniciada este ano previa conciliar a prática desportiva com a preservação ambiental de forma a atingir os estudantes da Rede Municipal de Ensino de Corumbá.

 

Unidades educacionais das áreas urbana e rural desenvolveram ações ao longo do quarto bimestre letivo, levando o esporte como uma via saudável e de conscientização para os cerca de 16 mil alunos matriculados na rede municipal.

 

A mesa redonda intitulada “Debatendo o projeto Escola Extrema” teve como coordenador o professor Frederico Fontoura, da Prefeitura do Rio de Janeiro. “A Escola Extrema vem ao encontro de um processo de sustentabilidade porque, hoje, as pessoas que vivem no entorno do Pantanal enxergam nele uma forma de subsistência no espírito do extrativismo. Quando entre a Escola Extrema, essas pessoas passam a entender que o Pantanal e a população local podem ser simbiontes”, diz ao comentar sobre o papel das futuras gerações.

 

“Para haver essa mudança de consciência dentro do processo, é preciso envolver as gerações subseqüentes que vão utilizando esse processo de sustentabilidade, então a Escola Extrema vem pra isso: contar para essas crianças que há outra possibilidade, que o extrativismo não é o único caminho”, disse.

 

Profissional com 30 anos de experiência em esportes de aventura, Fontoura já desenvolveu atividades também fora do país. Ele atestou mais do que a grandiosidade do evento esportivo. “Quando falo em todos esses lugares por onde tive a oportunidade de trabalhar com o esporte de aventura, o único, com esse nível de atenção que eu vejo aqui em Corumbá, foi em Portugal, na cidade de Vila Real, considerada a quarta melhor em qualidade de vida daquele país”, avaliou.

 

Fontoura comentou ainda sobre o fascínio que o Pantanal desperta na mente dos atletas em todo o país. De acordo com ele, essa riqueza natural é o grande diferencial de qualquer prova realizado em outra parte do Brasil. “O Pantanal sempre é um ideário na cabeça da pessoa da cidade grande. Quando a gente diz que vai juntar o esporte que ela ama com o lugar que você sempre quis conhecer, o potencial turístico de Corumbá aumenta expressivamente. Hoje em dia, a Natureza, é uma coisa rara, então quando pegamos o Pantanal Extremo, que faz toda essa propaganda da possibilidade de um projeto sustentável dentro da natureza, que as pessoas possam se divertir respeitando o meio ambiente, isso funciona como um rastilho de prova dentro dos grandes centros”, afirmou o profissional.

 

“Extreminho”

 

O prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, participou da mesa redonda e reforçou que, após a edição de estréia do evento, outros desafios se somam à sua realização. “O primeiro objetivo que tivemos quando criamos o Pantanal Extremo está sendo atingido, pois Corumbá está sendo divulgada em todo país. Estamos a uma semana se falando isso, as pessoas conhecendo muito mais a cidade e queremos que ela seja uma marca tanto quanto o nome Pantanal”, afirmou Duarte.

 

“Algumas das ponderações que ouvi da primeira edição que estamos equacionando agora, foi uma participação maior de pessoas da cidade nas atividades, por isso pensamos nesse projeto da Escola Extrema que envolve o público estudantil”, explicou ao lembrar o caráter de conscientização trazido pelas disputas.

 

“Além de ser uma competição esportiva, o Pantanal Extremo promove a conscientização do meio ambiente. As pessoas que vêm de fora ficam encantadas com isso e a pessoa da cidade, às vezes, não dá valor ao que temos aqui”, afirmou.

 

O prefeito aproveitou para adiantar um novo projeto para 2015 que pretende envolver ainda mais os estudantes dentro da proposta do Pantanal Extremo. Uma versão infantil do evento está sendo estudada para realização em período pré-Pantanal Extremo. Batizado inicialmente de Extreminho, o projeto visa ampliar a participação dos alunos em provas adaptadas para o público infanto-juvenil.

 

A proposta foi recebida com entusiasmo pelos professores de Educação Física de Rede Municipal de Ensino que contaram ainda com a presença da secretária de Educação, Roseane Limoeiro, durante as discussões.

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