SUP: Pantanal Extremo se consolida como a prova mais difícil do Brasil

Pelo segundo ano consecutivo, o Pantanal Extremo recebeu o Campeonato Brasileiro de Stand up Paddle (SUP) Race Maratona, uma das modalidades aquáticas que mais cresce no mundo. E os 30 quilômetros pelo Rio Paraguai se consolidam como uma das provas mais difíceis do Brasil. “É muito bacana. Sem dúvida, uma das melhores provas do ano pelo local, a fauna, a flora e pelo desafio físico que é”, avaliou Luiz Carlos Guida, o Animal.

 

Campeão de 2013, ele ficou na segunda colocação nesta segunda edição evento. “Esse ano tinha mais água, bastante vento contra, o que atrapalhou bastante. O sol não foi tanto problema porque agora meu treino é na hora do almoço, justamente pra me adaptar a este tipo de temperatura”, completou.

 

O vencedor foi Paulo dos Reis, vice-campeão do ano passado. “Foram dois fatores que fizeram bastante diferença. Primeiro que o rio estava mais alto e com menos correnteza. Outra foi o vento contrário. Mas eu consegui aplicar a estratégia que tinha pensado e alcancei o resultado que vim buscar. Pra mim foi um desafio excelente”, disse o esportista, que representou a cidade de Ilha Bela, em São Paulo.

 

Entre as mulheres, Barbara Brazil, a Babi, sagrou-se bicampeã do Pantanal Extremo. “Esse é o título brasileiro de maratona. Significa muito para mim, até porque a prova é realizada em água doce, sempre uma diferença pra gente, acostumado com o mar. Valeu muito participar mais uma vez do evento”, afirmou a atleta que, além do sol e dos 30 km, também precisou superar uma gripe.

 

A segunda colocação ficou com Silvia Guimarães, a Xubi, estreante na competição. “Esse resultado pra mim é especial. Voltei a treinar em maio, despois de me tornar mãe”, contou. Para ela, o maior desafio foi o sol forte, que neste domingo superou a casa dos 33 graus. “Depois de 40 minutos remando, comecei a passar mal de calor. Joguei uma água no rosto e melhorei. Vim fazendo isso a cada 10 minutos: parando, me refrescando e seguindo. Deu certo”.

 

O bronze foi para Marli Pires, outra que remou pela primeira vez no Pantanal sul-mato-grossense. “Essa foi a prova que mais acrescentou em minha carreira. Corumbá serve de espelho para muitas cidades. Parabéns para a Prefeitura e os coordenadores que estão levando o esporte além das regiões litorâneas”, destacou a atleta natural de Tocantins. “Remar aqui foi diferente, cercada por natureza, jacarés, lontras e muitos pássaros. Foi 10”, completou.

 

Quem também estreou na modalidade foi o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte. Ele concluiu os 30 quilômetros em pouco mais de 3 horas e ficou na terceira colocação na categoria Funrace. “A adrenalina é diferente. Fiz esse percurso duas vezes neste ano, mas não tinha competição, não tinha esse envolvimento. Isso dá uma ansiedade, cheguei extenuado, mas foi muito legal”, disse o chefe do Executivo municipal.

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