Após requalificação, Jardim da Independência voltará a ser atrativo turístico

O prefeito Paulo Duarte assinou nesta terça-feira, 16 de junho, a ordem de serviço para as obras de requalificação da Praça da Independência, no Centro da cidade. O local, popularmente conhecido também como Jardim da Independência, está incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Cidades Históricas, uma parceria do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, da Caixa Econômica Federal e da Prefeitura.

 

Após as obras, a praça voltará a ser um importante atrativo histórico e turístico da região.  A construção começou em 1915 e a ideia inicial era abrigar o zoológico da cidade, prática comum em muitos centros urbanos em outras regiões mais populosas do mundo. Foi inaugurada em 1917, embora no mapa da cidade de Corumbá (retirado do Álbum Graphico, editado em 1914), este espaço já fosse denominado Praça da Independência.

 

Algumas dúvidas ainda permanecem quanto à existência ou não da praça nos moldes do projeto ornamental na primeira década do século XX, porém através da foto do Álbum Graphico do Estado de Matto Grosso (1914), em frente ao prédio do Hotel Royal, hoje prédio da Prefeitura Antiga, o espaço da Praça da Independência aparece sem indícios do desenho do Jardim.

 

Com uma topografia levemente inclinada, esta área é cercada por uma mureta feita de pedra, com colunas coroadas por capitéis pontiagudos, também em pedra, que marcam oito entradas, sendo uma em cada canto e mais quatro no meio de cada lado da praça, que são protegidas por portões.

 

Inicialmente a praça era cercada, provavelmente no período em que a mesma tinha função de mini zoológico e, possivelmente na remodelação de 1954, as grades e as colunas foram retiradas e hoje fazem parte dos muros do Cemitério Santa Cruz.

 

A Praça possui linhas sinuosas e se destaca pela presença de árvores centenárias e algumas áreas sem a presença de vegetação. As pontes dividem o lago artificial, onde já viveram algumas espécies de aves, peixes e outros animais. É composta por jardins, lago artificial, pontes, coreto, esculturas, monumentos, peças históricas, parque infantil e os canteiros estão parcialmente gramados, com indicação em planta de paisagismo.

 

História

 

A praça teve suas obras iniciadas em 15 de maio de 1915 e foi inaugurada em 24 de dezembro de 1917, na administração de Eugênio Cunha, conforme placa comemorativa localizada na própria praça. Passou por várias intervenções e é possível analisar algumas situações até a intervenção de 1954, que parece ter sido uma das de maior vulto.

 

Em 1954 outra intervenção foi realizada na Praça, porém não existem informações a respeito dessas ações, sendo a placa o único testemunho que houve a intervenção e, provavelmente, nessa intervenção foram retiradas as grades, pois fotos do final das décadas de sessenta e setenta as mesmas já não existiam mais.

 

Entre o final da década de 1990 e o início da década de 2000, a praça passou por outra intervenção, na qual foram colocados os atuais postes de iluminação e o piso em mosaico português com motivos da cultura indígena Kadiwéu. Esta intervenção foi realizada pela Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul, sob a orientação do Arquiteto Roberto Galo.

 

Entre 1998 e 2014 algumas intervenções foram feitas, como a impermeabilização do lago, as esquinas com acessibilidade e a colocação de acabamento de ferro em arcos para proteger os canteiros, esta última não sendo do desenho original e em alguns pontos, bastante deteriorada.

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