Ckikungunya importada da Bolívia preocupa autoridades de Corumbá

O fato de Corumbá fazer fronteira com a Bolívia está tirando o sono das autoridades do setor de saúde pública do maior Município Pantaneiro. A preocupação aumentou ainda mais com a confirmação de um caso importado de febre chinkunya, tanto que a Prefeitura de Corumbá já pensa em recorrer ao Ministério das Relações Exteriores, para que o Governo da Bolívia realize ações mais concretas contra doenças endêmicas, entre outras, principalmente nas cidades localizadas na fronteira.

 

O primeiro caso de chikungunya registrado em Corumbá foi de um senhor de 47 anos, morador no centro da Cidade Branca, que tem se deslocado de forma constante para a Bolívia. Ele próprio confirmou que, antes de sentir os sintomas, viajou para a cidade de Santa Cruz de La Sierra.

 

Como se sabe, a região de Santa Cruz de Sierra tem registrado inúmeros casos da febre chikungunya e, em junho, as autoridades ligadas ao setor de saúde da Bolívia reforçaram as ações de prevenção e combate à doença, diante da visita do Papa Francisco, que aconteceu em julho. Na época o site www.notimerica.com divulgou que no País vizinho já haviam sido confirmados 1.044 casos da doença, além de seis mil suspeitos.

 

A notícia foi veiculada no dia 02 de junho e no dia 13 do mesmo mês, esta pessoa procurou assistência médica na rede pública municipal de saúde de Corumbá, com sintomas da doença. Foi coletado material biológico para exame clínico e o resultado positivo foi confirmado no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul divulgado na quarta-feira, 22 de julho, que destacou que provável contaminação tenha ocorrido em terras estrangeiras, considerando o caso importado.

 

O boletim lembra que Corumbá faz fronteira com a Bolívia onde a circulação do vírus já se manifesta e orienta a população para cuidados preventivos e alerta quanto possíveis sintomas. “É mais um problema de saúde pública que atinge a Bolívia e que deixa a nossa cidade em alerta. Tão logo o caso foi confirmado, a Prefeitura por meio da Secretaria de Saúde tomou todas as providências necessárias contra a chikungunya”, explicou a assessora Executiva da Secretaria de Saúde, Célia Maria Flores.

 

A assessora da secretaria lembra que é preciso tomar todos os cuidados para conter o avanço dessa e de outras doenças. Ela lembra um fato recente que fez com que Corumbá tivesse um surto de raiva animal. O vírus, conforme confirmação das autoridades sanitárias do Estado, originou-se n a Bolívia e entrou em território brasileiro.

 

“Tomamos todas as providências na época. Nos reunimos com as autoridades bolivianas, tanto das cidades que fazem fronteira com Corumbá (Puerto Quijarro e Puerto Suarez), como da OPAS e do governo boliviano, para estabelecer ações de prevenção e combate à raiva. Conseguimos junto ao Ministério da Saúde 10 mil doses da vacina antirrábica para atender a Bolívia, promovemos duas capacitações das equipes do país vizinho, outras reuniões, mas até hoje, eles não vieram pegar as vacinas”, explicou.

 

As capacitações ocorreram justamente para a realização de uma campanha de vacinação nas duas cidades de fronteira com Corumbá. “As 10 mil doses estão no almoxarifado central desde abril, à disposição da Bolívia e, enquanto isso, tivemos mais um caso de raiva confirmado, o 48º este ano”, disse.

 

Agora, com o caso de chikungunya importado da Bolívia, a preocupação das autoridades locais aumenta sensivelmente. “As atenções terão que ser redobradas. Além da dengue, raiva animal, febre amarela, temos agora que nos preocupar também com a febre chikungunya. Em Corumbá não temos o vírus circulando, mas na Bolívia sim, e isto nos deixa preocupados”, concluiu. 

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