Corumbá está recebendo esta semana, uma unidade móvel de atendimento à mulher do Governo Federal, por meio do programa “Mulher: Viver sem Violência”. Nessa quinta-feira, 27, a ação aconteceu na unidade II do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Bairro Guató, e integrou a programação da campanha “16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher”.
O programa, que já foi desenvolvido também em Ladário, tem por objetivo propor estratégias para melhoria e rapidez no atendimento às vítimas da violência de gênero. Está sendo desenvolvido em todas as cidades que assinaram o pacto nacional pelo fim da violência da mulher.
“Corumbá só recebeu o atendimento dessa unidade móvel por fazer parte desse pacto”, disse Cristiane Santana, gerente de Políticas Públicas para a Mulher, ligada à Secretaria de Assistência Social e Cidadania da Prefeitura. “O programa está sendo levando a lugares de difícil, propiciando ás pessoas ter acesso aos serviços de acolhimento, apoio psicológico, jurídico e social”, explicou.
A unidade móvel chegou a Corumbá na segunda-feira e fica até esta sexta, realizando atendimentos nas duas cidades pantaneiras. Cristiane explicou que a ação nos dois municípios se deve ao fato de que o CRAM (Centro de Referência em Atendimento a Mulher em situação de Violência) assiste aos dois municípios.
“Isto fez com que o atendimento fosse realizado também em Ladário, onde foram visitados o Assentamento 72, a Codrasa e o Bairro Alta Floresta, com um total de 48 atendimentos em dois dias”, revelou Cristiane. “Já em Corumbá, o atendimento aconteceu no Distrito de Albuquerque, no Assentamento São Gabriel, no Conjunto Tiradentes e na parte alta, no CRAS II, totalizando 244”, completou.
Nesta sexta, a unidade móvel continua na parte alta da cidade e a ação acontecerá nas praças da Nova Corumbá e CEU Helô Urt, no Jardim dos Estados. Cristiane cita que os locais foram selecionados por terem um diagnóstico de violência.
O subsecretário de Assistência Social e Cidadania, Nilo Correa, acompanhou as ações no CRAS II e disse que a presença da unidade móvel na cidade, só reforçou a importância do trabalho desenvolvido pelo CRAM na cidade.
“Como realizamos um estudo e sabemos os bairros onde essa violência está acontecendo, pudemos direcionar os locais onde a unidade poderia realizar os atendimentos. Muitas mulheres têm medo ou vergonha de ir até a delegacia ou ao CRAM. Com esta unidade, elas estão sendo acolhidas com palestras e explicações de como o sistema funciona. Assim, elas acabam tomando coragem para denunciar que estão sofrendo violência”, destacou Nilo.
A ação no CRAS II teve participação da defensora pública Maria Clara de Morais Porfírio; da coordenadora do CRAM, Roseane Mauro Espírito Santo, e da coordenadora do programa Vigilância Epidemiológica de DANT (Doenças e Agravos não Transmissíveis), Amanda Marques.