Roda de conversa LGBT discute sobre diversidade e inclusão do nome social

Corumbá está sediando nesta quinta-feira, 30, a 1º roda de conversa sobre direitos e deveres LGBT. O evento acontece no auditório do Sindicato Rural e é uma realização da Prefeitura, por meio das secretarias de Saúde e de Assistência Social e Cidadania, em parceria com as ONGs Instituto Diversidade Pantanal e Associação Corumbaense e Ladarense LGBT.

 

O evento foi abeto na manhã de hoje e as atividades foram destinadas aos funcionários da Saúde e da Assistência Social, que são os responsáveis pelos serviços prestados aos usuários do SUS e SUAS, visando um atendimento digno e igual para todos.

 

O prefeito Paulo Duarte prestigiou a abertura do encontro e lembrou que a orientação sexual tem sido um tema bastante debatido, mas que apesar disso, ainda ocorrem atos de violência que devem ser combatidos.

 

“Todos somos diferentes. Basta olharmos para nossas mãos e vermos que cada um possui digital diferente. Corumbá é uma cidade da diversidade. A maioria das pessoas é de origem negra, isso aqui é uma mistura. Aqui, todos somos diferentes e temos que respeitas essas diferenças”, disse o prefeito, citando que “toda forma de amor vale a pena, e cada um tem que respeitar o próximo, buscando conviver com as diferenças e divergências”.

 

Paulo elogiou a realização do encontro, começando com um contato mais direto com os integrantes das equipes que integram a rede, para desenvolvimento de um melhor trabalho, com tratamento igual para todos.

 

Para a secretária de Saúde, Desiane Silva, a roda de conversa está sendo um marco para a Saúde e a Assistência Social. “Vamos poder aprimorar o nosso atendimento, afinal, conforme a Constituição Federal, somos todos iguais e devemos ser tratados assim”.

 

A secretária de Assistência Social e Cidadania, Mabel Sahib, lembrou que a ideia da roda de conversa surgiu de um com tato mantido com as associações LGBT da cidade, para buscar aprimorar o atendimento.

 

“Foi ali que vimos a necessidade de chamar todos aqui. Hoje temos os nossos colaboradores de ponta, porque além do tratamento humanizado que está sendo abordado, devemos ter um tratamento igual para todos. Isso será bom para que possamos refletir a nossa prática diária”, disse.

 

Viktoria Lorrayna, presidente do Instituto Cris Stefanny, lembrou que esta roda é apenas o começo. Agradeceu a Prefeitura e o envolvimento das duas “que me fizeram muito feliz. Hoje eu posso falar com muito orgulho que sou travesti e transexual, pois o que está acontecendo aqui em Corumbá, é muito importante para que as pessoas entendam e comecem a nos respeitar. Afinal, ninguém nasce homem e mulher, todos nascemos humanos e merecemos respeito”.

 

O palestrante e especialista em gênero e diversidade, o doutor Júlio César Valcanaia, falou sobre a inclusão do nome social, e que a partir disso, as pessoas devem ser reconhecidas e chamadas assim. “O nome social é parte do fundamento social que vem para manter o respeito pela pessoa Assim como temos as diferenças sociais, de cor, gênero, respeitar o nome faz parte de um reconhecimento a diferença e dar o respeito que elas merecem”, explicou.

 

Marcia Gomes de Morais, membro do Comitê LGBT de Campo Grande, foi outra palestrante. Ela abordou o tema humanização no trabalho e na sociedade, e destacou que o “trabalho de humanização é a maneira que temos de chegar ao nosso trabalhador de forma afetiva, porque temos que aprender a trata-los de maneira afetiva. Quando digo nós, me refiro à sociedade como um todo, porque só assim vamos conseguir trabalhar o respeito e carinho que todos merecem”, concluiu.

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