Dia do Exército é comemorado em solenidade no 17º Batalhão de Fronteira

O Dia do Exército, celebrado nesta quarta-feira, 19 de abril, foi comemorado no 17° Batalhão de Fronteira. A solenidade cívico-militar foi coordenada pelo general de brigada João Denison Maia Correia e contou com a presença do prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira, do prefeito de Ladário, Carlos Anibal Ruso Pedrozo, e diversas autoridades.

 

“O Exército é uma instituição de grande conceito e credibilidade entre a população brasileira e aqui, na comunidade corumbaense, também goza de um grande prestigio”, destacou o prefeito de Corumbá, ressaltando a participação efetiva das Forças Armadas no cotidiano da região pantaneira.

 

“Sempre que solicitado, o Exército, assim como as demais Forças atuantes aqui, fazem muito além de sua atuação institucional, mostrando-se parceiros da comunidade e do Poder Público”, concluiu Ruiter.

 

História

 

A história do Exército na região remonta à ocupação do território matogrossense, iniciada nas ações dos bandeirantes, na busca por pedras e metais preciosos. Estas expedições pioneiras levaram à descoberta do ouro no início do século XVIII e a consequente atração do povoamento, que veio ao encontro do objetivo português de consolidar a posse dos territórios a Oeste do Meridiano de Tordesilhas.

 

Uma das consequências foi a criação, em 1748, da Capitania de Mato Grosso, desmembrando-se de São Paulo. O primeiro Capitão-General foi D. Antônio Rolim de Moura Tavares, que chegou com ordens expressas para instalar o governo às margens do rio Guaporé. Entretanto, foi 4º Capitão-General, Luíz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres que deveu-se a consolidação da defesa dos territórios conquistados.

 

Durante os dezessete anos de seu governo (1772 – 1789), lutou contra os espanhóis, reprimiu sublevações, debelou ataque de índios, desbravou territórios e mandou construir o Presídio de Nova Coimbra (1775), hoje o Forte de Coimbra; o Forte de Príncipe da Beira, em 1776 e a Povoação de Albuquerque, que mais tarde se chamaria Corumbá.

 

Na administração de Melo e Cáceres, a construção do Forte de Coimbra merece destaque, posto que foi estratégico e fundamental para a consolidação do território na parte sul do Rio Paraguai. Sob o comando do Coronel Ricardo Franco, o Forte de Coimbra foi reformado a partir de 1796 e, mesmo sem estar totalmente concluído, auxiliado por índios Guaicurus, resistiu heroicamente contra a invasão espanhola em 1801.

 

Em Decreto Real, de 1º de outubro 1821, o Príncipe Regente D. PEDRO I criou o Governo das Armas da Capitania de Mato Grosso e uma das consequências foi a transferência, em 1827, do COMANDO GERAL DA FRONTEIRA para a região de Albuquerque Nova, hoje um distrito, distante cerca de 70 Km de Corumbá. Em 1850 ocorre sua transferência para Coimbra, por conta do incidente do Fecho dos Morros com os paraguaios e, em 1853, é transferido para Corumbá, então chamada de Albuquerque Velha.

 

Com a eclosão da Guerra da Tríplice Aliança, a cidade de Corumbá foi invadida pelas tropas paraguaias e permaneceu sob seu domínio até 13 de junho de 1867. Couberam as tropas brasileiras comandadas pelo Tenente-Coronel ANTÔNIO MARIA COELHO retomar Corumbá, restabelecendo a presença militar na localidade por meio do Distrito Militar do Baixo Paraguai que, em 1868, tinha como Unidades subordinadas o 2º Batalhão de Artilharia a Pé e o 1º Corpo de Cavalaria de Guarnição da Província.

 

No início do século XX, o Distrito Militar do Baixo Paraguai foi substituído pela 13ª Região de Inspeção Permanente, tendo em sua composição, em 1908, o 3º Batalhão de Artilharia de Posição; o 13º Regimento de Infantaria; o Hospital Geral; o Depósito de Intendência; todos na cidade de Corumbá e ainda, o Sanatório Militar, localizado na região do Urucum, utilizado para tratamento dos beribéricos. A partir de 1915, a 13ª Região passou a ser a 1ª Circunscrição Militar do Mato Grosso, permanecendo na cidade de Corumbá até 1921, quando foi transferida para a Campo Grande, atual capital do estado.Neste mesmo ano de 1921, pelo Decreto nº 15.235 de 31 de dezembro, foi criada a Brigada Mista, com sede em Campo Grande e depois Aquidauana. Esta Grande Unidade foi a precursora da criação da 2ª Brigada Mista, em Corumbá, estabelecida pelo Decreto nº 9.352 de 12 de junho de 1946.

 

Com a missão de coordenar Unidades e Destacamentos de Fronteira, a 2ª Brigada Mista reviveu as tarefas do Comando Geral da Fronteira e do Distrito Militar do Baixo Paraguai e, em 10 de dezembro de 1980, recebeu a denominação histórica de “BRIGADA RICARDO FRANCO”, como justa homenagem ao herói da resistência do Forte de Coimbra ao inimigo espanhol em 1801.

 

Em 18 de dezembro de 1985, a 2ª Brigada Mista foi extinta, dando origem à 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, que manteve sua denominação histórica. Seu estandarte foi aprovado pela Portaria Ministerial nº 480, de 17 de março de 1988 e é composto de antigos símbolos da Brigada Mista: a Cruz de Cristo, símbolo de Unidade de Fronteira; e uma chave de prata, simbolizando vigilância e guarda.

 

A 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira é a sucessora histórica do Comando Geral da Fronteira e de outros comandos que estabeleceram e mantiveram os nossos limites neste rincão do BRASIL. A 18ª Bda Inf Fron é composta atualmente pelo 17º Batalhão de Fronteira, em Corumbá-MS; o 47º Batalhão de Infantaria, em Coxim-MS; 2ª Companhia Fronteira, em Porto Murtinho-MS; a 3ª Companhia de Fronteira e Forte Coimbra. em Corumbá-MS e a Companhia de Comando da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira junto ao Quartel-General também em Corumbá-MS.

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