Terminou na segunda-feira, 8 de maio, ação estratégica de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti e prevenção de doenças como dengue, chikungunya e zika. Iniciativa foi realizada pelo Centro de Controle de Vetores sob coordenação da Vigilância em Saúde Ambiental. Considerando o resultado do terceiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), feito de 24 a 28 de abril, ações educativas e de limpeza foram intensificadas nos locais mais críticos da cidade. O último LIRAa realizado em Corumbá teve como índice 3,2% de infestação, número considerado elevado pelo Ministério da Saúde.
Na semana pós-LIRAa, agentes de endemias fizeram bloqueio químico e mecânico nos quarteirões onde o resultado foi positivo para o vetor. Ações foram concentradas em três bairros críticos: Guarani, que apresentou índice de infestação de 10,53%; Centro América, que teve índice de 10%; e Cristo Redentor, com infestação de 8,65%. O combate à proliferação do Aedes nesses locais teve início no dia 3 de maio, sendo feito por três equipes, cada uma composta por dois agentes para bloqueio, três de Educação em Saúde, um supervisor geral e um supervisor de área. O mutirão de limpeza contou com auxílio de dois caminhões e um trator.
No Guarani, foi realizada ação no trecho entre as ruas Cyríaco de Toledo, Pernambuco, Marechal Floriano e Ceará. No Centro América, a delimitação ficou entre a Geraldino de Barros, Fernando de Barros, Cáceres e Rui Barbosa. O trecho entre alameda Anésia Pinheiro, ruas Frei Mariano, São Paulo e Antônio Maria Coelho fez parte da atividade no Cristo Redentor.
Marly Brazil, coordenadora da Vigilância em Saúde, acredita que parte da população ainda não se sensibilizou quanto à gravidade das doenças que podem ser geradas pelo mosquito transmissor. “A parte educativa é sempre feita, mas, nem todo mundo tem o costume de manter limpo seu quintal. A gente acredita que muitos moradores ainda não se deram conta dos riscos que estão submetendo à saúde da própria família”, afirmou. Segundo Marly, a multa não está sendo aplicada aos responsáveis por residências onde estão sendo detectados focos. No entanto, ela frisou que o Município poderá retomar essa estratégia.
Maior número de focos está na caixa d’água
De acordo com dados do LIRAa, os focos detectados estavam principalmente em caixas d’água em nível de solo, depósitos móveis onde se acumula água e também no lixo geralmente esquecido no quintal, como garrafas pet, garrafas de vidro, copos, potes plásticos e tampinhas de garrafas.
Além dos três bairros onde foram executadas as ações na semana passada, em mais sete foram detectados focos de mosquitos. Nova Corumbá (8,04%), Maria Leite (5%), Guatós (3,91%), Popular Velha (3,49%), Centro (4,3%), Aeroporto (2,08%), Universitário (1,59%).
“É preciso que a população procure deixar sua caixa d’água limpa, bem vedada, e seus lixos bem armazenados, não jogados no quintal ou na rua. A proliferação dos mosquitos ocorre nesses reservatórios, onde eles podem usar para depositar ovos. Não é porque não está chovendo que eles deixam de se reproduzir. Eles colocam os ovos e, quando chove, esses ovos eclodem e eles nascem. Por isso, mesmo sem chuvas, é necessário que cada morador faça a sua parte mantendo sua casa e seu quintal limpos todos os dias”, frisou Marly Brazil.