O Arraial do Banho de São João, além de enaltecer a cultura local, beneficia a economia. Considerada a segunda maior festa de Corumbá, atrás apenas do carnaval, movimenta restaurantes, bares, rede hoteleira, aquece o comércio formal e informal e favorece o microempreendedor individual.
“O São João é um dos eventos do nosso calendário cultural que juntamente com o carnaval aquecem a economia local. A gente vai terminar o ano com a Fundação de Turismo retomando o Festival da Pesca, é uma série de eventos culturais que reflete na nossa economia local. Estamos fazendo levantamento e na segunda-feira provavelmente já teremos a movimentação financeira do Porto Geral e do impacto do Arraial do Banho de São João na economia da nossa cidade”, disse Renato dos Santos Lima, secretário municipal de Indústria, Comércio e Produção Rural.
Para incrementar a festa no Porto Geral, a Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico, sorteou 45 barracas na tarde de 15 de junho. Além dessas, outras 35 foram destinadas a microempreendedores individuais, entidades filantrópicas e para a Associação de Arte Cultural e Turística do Pantanal. São 80 barracas com uma variedade enorme de alimentos e peças artesanais que estão disponíveis ao público desde o primeiro dia do Arraial do Banho de São João.
Há todos os tipos de comida. Desde os típicos pratos pantaneiros aos tradicionais cachorros-quentes, pizzas e doces. Pela quinta vez, Angela Aparecida Gomes conseguiu um espaço no Porto Geral para comercializar seus alimentos na festa tradicional. “É uma chance para se ganhar dinheiro porque é uma data festiva e como estamos nessa crise financeira, precisamos aproveitar. Já trabalho com comida em festas, exposições e eventos, já tenho experiência nesse ramo. Aqui estou vendendo pastéis, cachorro-quente e salgados”, disse a comerciante que está trabalhando com mais cinco pessoas da família.
Simone Velasco está ajudando nas vendas da Barraca de Doces e pela primeira vez trabalha no São João. “É uma oportunidade boa para podermos vender, festejar com a cidade e mostrar o que a gente sabe fazer melhor. Ajudei a fazer tudo, temos bolo de cenoura, de banana, de chocolate, coco, temos doce de abóbora, maçã do amor, casadinho, biscoito de polvilho, brigadeiro e beijinho. Investimos nos doces para diferenciar um pouco. Esperamos que a festa levante um pouco o comércio no meio dessa crise”, disse Simone.
Fazia 14 anos que João Arruda estava distante dos festejos juninos de Corumbá. “Eu já trabalhei muito por vários anos, mas estava afastado. Aqui tenho macarrão pantaneiro, paçoca de carne seca socada no pilão que trouxemos para cá, temos também arroz carreteiro, caldo de feijão, porção de picanha, de carne de sol, de pernil, filé, também temos lanches”, afirmou o comerciante que, no dia a dia, é trabalhador autônomo do gênero alimentício.
Além das delícias juninas, o público pode conferir hoje o encerramento do maior São João do Centro-Oeste com apresentação de quadrilhas juninas, show regional com Forró Zen e a participação da banda nacional Falamansa.