Defesa Civil de Corumbá emite alerta sobre cheia do Rio Paraguai

A Defesa Civil de Corumbá emitiu Boletim de Alerta de Risco de nível moderado para a cheia do Rio Paraguai. O alerta está baseado em análises técnicas da Embrapa Pantanal, da CPRM (Serviço Geológico do Brasil), da Agência Nacional das Águas, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e fundamentado também na régua de aferição de nível de rio do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste do 6º Distrito Naval.

 

O Rio Paraguai já ultrapassou a cota de alerta, que é de 4 metros, atingindo no dia 1º de junho a marca dos 4,34 metros, estando com 2,32 metros acima do seu nível de redução, com comportamento de continuada elevação, embora sem força para atingir níveis extremos. Até o momento, está sendo considerada uma pequena cheia, conforme a Embrapa Pantanal. O Boletim de Alerta tem o objetivo de subsidiar ações de proteção ambiental, de manejo campestre, atividades econômicas ativas no complexo pantaneiro e de programação regional das comunidades tradicionais.

 

Tenente Isaque do Nascimento, coordenador municipal de Defesa Civil, afirmou que o nível normal da régua de Ladário é 2,02 metros. “Quando ela chega a 4 metros, chega ao nível de alerta, ou seja, já é sinal que as comunidades ribeirinhas e pessoas com alguma atividade econômica ao longo do trecho do Rio Paraguai devem começar a se organizar porque pode ocorrer algum tipo de transtorno, dependendo da evolução da cheia. Normalmente, quando o nível chega aos 4 metros, a Embrapa Pantanal é a primeira a se manifestar, fornecendo subsídio para a Defesa Civil já ir se preparando para alguma eventual resposta de assistência ou de socorro”, explicou Isaque.

 

De acordo com ele, a Embrapa Pantanal espera que a cheia deste ano não chegue aos 5 metros, e o prognóstico da CPRM é que ela não ultrapasse os 5,5 metros. Por conta disso, a cheia não ameaça de forma extrema as comunidades ribeirinhas este ano, muito embora a água já esteja se aproximando de algumas casas. Isaque explicou que até 4,99 metros na régua  é considerada cheia pequena, de 5 a 5,99 metros é cheia normal, e quando ultrapassa os 5,99 metros é considerada cheia grande ou super cheia.

 

“A cheia no Rio Paraguai depende das chuvas que caíram anteriormente na região norte, pois as águas são oriundas das bacias no Alto Pantanal, onde ocorreram com mais frequência as precipitações pluviométricas”, disse Isaque do Nascimento.

 

Conforme ele, a Defesa Civil trabalha com quatro telemétricas que são monitoradas cotidianamente. Uma da Barra de São Lourenço, outra na comunidade São Francisco, a terceira nas proximidades de Ladário e a quarta no Porto da Manga. Essas telemétricas medem a vazão e o nível do Rio Paraguai. “As lideranças dessas comunidades estão sempre em contato conosco”, afirmou o tenente.

 

O coordenador municipal de Defesa Civil reiterou que a cheia deste ano, por enquanto, está sendo considerada bem menor que as anteriores, como a do ano passado e a de 2015.

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