A primeira edição deste ano do Programa Social Povo das Águas atendeu à região do Taquari, considerado pantanal médio. Das três localidades trabalhadas pelo projeto, essa é a de acesso mais difícil, área não muito navegável, sem acesso de turistas. Foram atendidos moradores do Corixão, Cedrinho, Colônia do Bracinho, Colônia São Domingos, Colônia do Cedro, Colônia Limãozinho e Rio Negro. Em cinco dias de prestação de serviços nas mais diversas áreas, 250 famílias cadastradas foram atendidas. A ação ocorreu de 26 a 30 de junho e contou com a participação de 22 servidores municipais.
O Povo das Águas é realizado pela Secretaria Especial de Cidadania e Direitos Humanos e tem como coordenadora Elisama de Freitas Caballero. De acordo com ela, todos os objetivos da equipe foram alcançados, sendo atendidas todas as comunidades da região do Taquari. “A equipe estava bem entrosada, atendemos com amor. A diferença é que além de todos os atendimentos básicos ao cidadão, esse atendimento é feito de maneira mais humanizada. Os moradores esperam ansiosamente por nossa chegada e constatamos isso vivenciando o momento com todos os ribeirinhos presentes”, relatou Elisama.
A servidora afirmou que a embarcação foi bastante eficaz, não houve atrasos e tudo ocorreu conforme o previsto em cronograma, sendo 100% das famílias atendidas. “A região fica fora do acesso de barcos, do leito principal do rio, que é o Paraguai, o local fica realmente nas áreas do Rio Taquari, que não é muito navegável. Nós diminuímos essa distância que eles têm com relação aos serviços do Município na cidade e levamos o melhor no atendimento em todas as áreas”, assegurou Elisama.
Um dos beneficiados com o Programa Social foi Gilson Eloy Medeiros, morador da Colônia São Domingos. Ele foi atendido no Porto Sagrado. “Nós estávamos esperando o programa principalmente por causa de médico e dentista. O que acho mais importante na ação é o atendimento médico porque para a gente é meio difícil por causa da condução, o meio de transporte é caro para ir à cidade”, disse o morador. Para se deslocar até a zona urbana, a viagem custa em média cem reais, explicou Gilson. Se ele precisar levar sua esposa, o valor da viagem fica em quatrocentos reais, ida e volta.
Anderson Morais Leite, de 10 anos, estava na região do Cedro, mas afirmou morar do outro lado do rio, em uma localidade chamada Mão de Deus. O menino, que estuda na Extensão Narazé, na Colônia do Cedro, gosta do Povo das Águas porque “eles ajudam na minha vida e na minha boca”, disse ao se referir ao trabalho dos dentistas. “Eu tirei três dentes e coloquei três massas”, completou Anderson. Ao falar sobre a atividade do programa que mais chama sua atenção, ele destacou as ações desenvolvidas pelos servidores da Secretaria Municipal de Educação. “O que eu mais gosto é das brincadeiras que eles fazem”, afirmou o garoto.
Morador da Colônia Limãozinho, Alício de Morais Vieira estava aguardando a equipe da Prefeitura para fazer consulta médica. “De onde moro até aqui é meio longe, dá meia hora. Sou cadastrado no programa e vim pegar sacolão também”, disse Alício que esperava por atendimento no Porto Santa Ana.
A dona Maria Auxiliadora tem seis filhos e mora no Limãozinho. “É bom quando eles vêm porque ajuda a gente do Taquari. Nós estávamos esperando. Demorou, mas chegou. O que acho mais importante é o médico e a cesta básica”, afirmou a moradora que relatou que os seus filhos foram beneficiados com outra ação médica. “Todos foram vacinados”, garantiu.
A próxima ação do Programa Social Povo das Águas está prevista para acontecer de 09 a 15 de julho, com atendimentos de segunda a sexta-feira, sempre a partir das 09 horas da manhã. Dessa vez, a parte alta do Rio Paraguai e Rio São Lourenço será atendida, considerada região norte do pantanal. Em agosto, é a vez da região de Forte Coimbra. Este ano, cada área receberá visita do programa por duas vezes, retornando à normalidade no próximo ano, quando estão sendo previstas nove ações, sendo três em cada região.
