O Centro Controle de Zoonoses realizou, na tarde de quarta-feira, 05 de junho, oficina de Vigilância de Zoonoses, no auditório da Prefeitura Municipal de Corumbá, tendo como público-alvo a parte técnica do CCZ e protetores de animais. A finalidade foi deixar a comunidade geral, através dos participantes, ciente de como está a situação das zoonoses hoje e quais são as que estão gerando maior impacto na saúde pública de Corumbá. Doenças como leishmaniose, raiva, esporotricose e parasitoses foram discutidas, além de ser debatida a questão da posse responsável de animais domésticos.
“A nossa função enquanto técnicos é passar informação para a população para poder agir de forma correta. A gente entende a parte da afetividade com o animal, mas a nossa obrigação é deixar claro que não adianta a gente só gostar, temos que ter alguns compromissos que assumimos quando temos um animal, o que acaba refletindo no bem-estar do animal e da sociedade, para que aquele objeto de carinho não se torne algum sofrimento para o dono e um risco para a saúde pública”, afirmou Walkíria Arruda, coordenadora do CCZ.
O evento foi realizado em parceria com o Grupo de Apoio e Proteção aos Animais (GAPA), que conta hoje com dez voluntários que resgatam animais. O GAPA tem realizado castrações em parceria com o Município. Para Walkíria Arruda, é importante ter um grupo de proteção animal trabalhando junto ao CCZ.
“Por incrível que pareça temos essa parceria, coisa que pessoas até em outras cidades se espantam porque infelizmente o CCZ sempre foi rotulado com uma imagem pesada e a gente quer mudar esse pensamento. Lá é controle de zoonoses e isso vem ao encontro de ONGs como o GAPA. A gente está conseguindo se juntar para chegar a um denominador comum, que é a situação do animal e da saúde pública. A castração é o primeiro passo nessa cooperação técnica firmada entre a Prefeitura de Corumbá e o GAPA”, disse Walkíria Arruda.
Além do GAPA, a Embrapa Pantanal está ajudando o Município com o desenvolvimento de pesquisa sobre a esporotricose, que afeta principalmente os gatos, podendo passar para os seres humanos. De acordo com a coordenadora do CCZ, a partir dessa oficina, pretende-se desencadear algumas ações em sequência, relativas à prevenção de zoonoses.