Moradores de Porto Morrinho recebem atendimento do Povo das Águas

A terceira ação do Programa Social Povo das Águas encerrou os atendimentos na região do baixo pantanal na quinta-feira, 10 de agosto. Os últimos moradores a serem atendidos foram os do Porto Morrinho e os serviços foram prestados no Hotel da Odila. A embarcação com a equipe multidisciplinar composta por 23 pessoas chegou a Corumbá na madrugada desta sexta-feira, dia 11. Profissionais como médico, dentistas, cabelereira, veterinária, pedagogos, assistentes sociais, psicólogas, jornalista, agente de endemias, enfermeiras, técnicos de enfermagem, vacinadores, agente de defesa civil e agrônomo integraram a equipe.

 

Maicon Borges Alves, de 34 anos, mora em Porto Morrinho desde 1994, quando deixou sua cidade natal, Ladário. “Resolvi morar aqui porque meu pai trabalhava aqui e me passou muito conhecimento sobre como era a vida nessa região e como se trabalhava com pesca e turismo”, contou o morador que estava aproveitando para cortar o cabelo. Ele sempre espera pela equipe do Povo das Águas para deixar a saúde em dia e conseguir outros benefícios. “Somos sempre bem atendidos”, afirmou Maicon. Sua esposa e seus três filhos também estavam no local para receber atendimento, especialmente com o dentista. “Acho importante o programa por causa da distância que temos da cidade e pela situação das doenças que existem hoje em dia. É muito bem-vinda a ajuda do Povo das Águas”, disse o morador.

 

Morando há seis anos com esposo e filha em Porto Morrinho, Rosemary Lopes de Carvalho trabalha como diarista e foi em busca de consulta médica e odontológica para ela e a filha. “Fica difícil ir para Corumbá. Com o Povo das Águas a gente já pega remédio, anticoncepcional, tudo aqui. O programa é maravilhoso, eles são muito carinhosos com as crianças, atenciosos com a gente, é muito bom”, afirmou a beneficiada que conseguiu também cesta básica. “Se não existisse o programa ia ser complicado, mais difícil. Eles nos ajudam bastante”, completou.

 

Já o senhor Lionei Francisco Pereira, de 65 anos, estava preocupado em tomar vacina. “Vim tomar vacina contra a gripe porque aqui a gente precisa. Acordamos cedo, saímos muito cedo e trabalhamos com turismo, não podemos pegar gripe”, disse o idoso que aproveitou para levar medicamentos, realizar consultas médica e odontológica. “A gente sempre vai ao dentista quando o Povo das Águas passa por aqui. O programa é importante porque muitos não têm casa em Corumbá, então não têm como ir para lá e ficar lá. Às vezes, quando as crianças ficam doentes, é muito difícil. Quando a gente precisa chamar um taxi para ir à cidade, sai por uns 150 reais”, relatou Lionei.

 

Moradora recebendo atendimento médico.

 

Dona Ketlene Barbosa Garcia foi ao encontro da equipe multidisciplinar em busca de atendimento médico para ela e sua filha, além de pegar medicamentos. “Da última vez que precisei de médico, tive que ir em Corumbá. É bem mais difícil”, afirmou Ketlene que há um ano mora em Porto Morrinho.

 

“Nascido e criado” há 55 anos no local, Orlando da Cruz aproveitou para saber como estava a saúde. “Eu acho um programa muito bom porque vem tudo o que a gente precisa porque os ribeirinhos precisam disso. É mais fácil eles virem aqui do que a gente ir lá porque não é todo mundo que tem condições de ir para a cidade”, disse o pescador. “Aproveitamos para ver como está a saúde porque a gente trabalha há muitos anos e a coluna da gente já não aguenta. Se eu tivesse que ir até a cidade, eu ia gastar cerca de duzentos reais só com despesa de condução para receber atendimento médico”, afirmou.

 

Os beneficiados com o programa também receberam palestras com a veterinária Walkíria Arruda, chefe do CCZ, sobre como tratar adequadamente fezes de animais e também sobre raiva. Vacinação antirrábica foi aplicada em animais domésticos. Assistente social do CRAM realizou palestra sobre a Lei Maria da Penha, no contexto da campanha “Agosto Lilás” e crianças contaram com as brincadeiras do setor de Educação. Produtos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foram distribuídos, além de cestas básicas e lonas. 

Skip to content