A importância da Cidade Dom Bosco e do padre Ernesto Sassida foram exaltadas pela A Pesada na primeira noite do desfile das escolas de samba. A história do religioso e o legado de sua obra foram refletidos nos carros alegóricos e nas fantasias dos mil componentes que cruzaram a avenida General Rondon como a terceira agremiação deste domingo de carnaval. “Cidade Dom Bosco, o Reino do Amor” foi o enredo cuja composição do samba é de Victor Raphael, Alison Renan e Willian Tadeu.
A Presença Salesiana abriu o desfile com os 12 bailarinos da Comissão de Frente. Coreografados por Marcelo Samaniego, eles representaram a missão de fé do Padre Ernesto Sassida. O carro abre-alas Cidade-Jardim de Esperança mostrou onde nasceu e cresceu a Cidade Dom Bosco, em plena periferia da Cidade Jardim. A alegoria trouxe ornamentos da fauna e flora pantaneiras e o surgimento da Escola Profissional Alexandre de Castro. Observou-se também a Balança, símbolo da agremiação, juntamente com o nome “A Pesada”, além de uma releitura do barracão onde a primeira escola começou a funcionar em 1961.
Escola trouxe Ala das Baianas com a fantasia “Foi ela quem tudo fez”. Baianas simbolizaram Nossa Senhora Auxiliadora, madrinha dos salesianos e inspiradora da obra de São João Bosco, que, quando questionado do seu comprometimento com suas missões, sempre dizia a frase que nomeou a ala.
Segunda alegoria foi “A Fé que Move Montanhas”. Carro representou a fé no catolicismo, que é uma constante nas iniciativas da Cidade Dom Bosco, inclusive na escola, que embora pública, em parceria com o Governo Estadual, mantém características de escolas confessionais, bem como também representa a Igreja Dom Bosco, que se encontra na rua Dom Aquino, do bairro homônimo. A alegoria em si é um altar, traz esculturas de anjos. E neste cenário apareceu a escultura de Dom Bosco.
Com 110 componentes, bateria comandada pelo mestre João Victor Ibarra homenageou “A banda Marcial da Cidade Dom Bosco”. O cuidado musical que a Cidade Dom Bosco tem como estimulo a música virou uma referência no município. Nos desfiles cívicos, a importância da obra social se tornou tão grande que, tradicionalmente o Dom Bosco fecha os desfiles da cidade com apresentações grandiosas. E o público aguarda ansioso a passagem da Banda Marcial da escola, sempre com trajes de gala e apresentações competentes, contou o enredo do desfile.
O Anfiteatro Dom Bosco foi lembrado no terceiro carro alegórico. Seguido por alas que encenaram o Sino da Caridade; Clube de Mães da Cidade Dom Bosco; o Amor sem Fronteiras – que foi uma das maiores iniciativas de inclusão social da história da cidade, a adoção a distância idealizada pelo padre Ernesto – e a ala das Crianças, o “futuro em Nossas Mãos”.
Quarto carro apresento o projeto Criança e Adolescente Feliz. Desfile trouxe alas Revelando Novos Talentos; Promovendo a Cidadania e a Consciência Ambiental; Educadores; ex-alunos e sua gratidão pelo padre Ernesto e Velha Guarda – Trabalhadores do Reino do Amor. Passagem da A Pesade terminou com carro alegórico “O Reino do Amor”, apelido carinhoso, e lema da escola dado pelo Padre Ernesto Sassida.
Ficha Técnica
Presidente: Neidival Colombo
Carnavalesco: Marcus Rorras
Diretores de Carnaval: Lylyany Mendes e Carlos Henrique
Enredo: Cidade Dom Bosco, o Reino do Amor
Autores do Samba-Enredo: Victor Raphael, Alison Renan e Willian Tadeu
Mestre de Bateria: João Victor Ibarra
Ritmistas: 120
Rainha da Bateria: Sâmya Cristine
Alas: 18
Componentes: 1.000
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Robson e Francielle
Carros Alegóricos: 05
Fundação: 06/01/1970