Festival trará 17 horas diárias de programação gratuita e cerca de 200 atividades

Vem aí a 14ª edição do Festival América do Sul Pantanal (FASP), o maior evento de cultura e cidadania do nosso continente. São 17 horas diárias de programação gratuita e cerca de 200 atividades culturais desenvolvidas por artistas e personalidades de dez países da América do Sul. Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, estarão representados nesta grande festa de intercâmbio sul-americano. O megafestival será realizado entre 24 e 27 de maio, em Corumbá, na vizinha Ladário, em Mato Grosso do Sul, Brasil, e nas cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suárez. O evento é produzido pelo Governo de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura de Corumbá.

 

PALESTRAS, SEMINÁRIOS E ENCONTROS DE VOLTA AO FESTIVAL AMÉRICA DO SUL PANTANAL

 

Um dos pontos altos da 14ª edição do Festival América do Sul Pantanal será o debate de ideias e a troca de experiências nos seminários e palestras que acontecerão de quinta (24/05) a domingo (27/05), na Unidade 3 do Campus do Pantanal, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O retorno destas atividades também foi reivindicado em audiência pública. Entre os temas debatidos estão o mergulho na ancestralidade da população negra do Brasil no seminário “Itan Otito Wa – Nossa Verdadeira História”, previsto para domingo (27/05), e a união da cultura e cidadania como elemento modificador da sociedade.

 

O seminário de cultura e cidadania será coordenado pelo secretário Athayde Nery na sexta-feira (25/05) à tarde, com a presença do ministro da cultura do Paraguai, Fernando Griffith. “O FASP deixou de ser um evento apenas de entretenimento. O festival agora é um ponto para a comunhão cultural participativa, voltado para a questão da cidadania e palco para as discussões políticas que envolvem a arte sul-americana. A edição de 2018 do FASP é histórica”, ressalta Athayde Nery. Também estão previstos como convidados do seminário o jornalista, consultor e professor de gestão pública Jorge Melguizo e o geólogo Detlef Walde, descobridor da Corumbella. Ambos também irão ministrar palestras.

 

Jorge Melguizo foi Secretário da Cultura e de Desenvolvimento Social de Medellín (COL) e vai falar sobre cultura cidadã, desenvolvimento organizacional da sociedade civil, convivência e segurança na manhã de sexta (25/05). Já o geólogo alemão, Prof. Dr. Detlef Walde, vai contar como foi ter feito a notória descoberta em solo corumbaense, nos anos 1980, de um invertebrado com cerca de 550 milhões de anos que ele batizou de Corumbella, em homenagem a Cidade Branca.

 

Estão programadas também as palestras do jornalista paraguaio Mário Rubén Alvarez sobre o saudoso maestro José Asunción Flores. O talentoso compositor paraguaio e legenda da música latino-americana é o inventor da guarânia, gênero musical que representa a máxima expressão musical do Paraguai. Flores será um dos homenageados do festival, assim como o ex-prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha, falecido em novembro de 2017. Outra palestra prevista é do fundador da Fraternidade Sem Fronteiras, Wagner Moura, uma ONG campo-grandense reconhecida internacionalmente pela ajuda humanitária a crianças e adolescentes e do Prof. Dr. Richard Perassi sobre o Contexto Sócio-Político Contemporâneo de Designer e Arte.

 

Haverá ainda encontros de grande importância desenvolvidos pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS). Um deles vai enfocar a gastronomia como patrimônio cultural e irá reunir chefes de cozinha no Hotel Virgínia, na quinta (24/05). Outros dois acontecem no IPHAN, na sexta (25/05) e sábado (26/05). Um deles será o IV Encontro Regional de Arte Educadores de MS e o outro com grupos de estudos e pesquisas de artes visuais vinculados a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Já o Sesc Corumbá vai promover na quinta (24/05), às 18h, o Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras com os escritores Adri Aleixo (MS) e Cida Pedrosa (PE) e no sábado (26/05), às 15h, um encontro com contadores de histórias.

 

CIRCO MEDELLÍN TRAZ ESPETÁCULO PARA TODAS AS IDADES E ALUNOS BRASILEIROS E BOLIVIANOS PARTICIPAM DO CIRCO DA CULTURA E CIDADANIA

 

Entre as muitas atrações do roteiro, destaque para uma das novidades na programação do festival: o Circo da Cultura e Cidadania (CCC). O espaço vai servir de palco para estudantes de cerca de 30 escolas de Corumbá e Ladário e das bolivianas Puerto Suárez, Puerto Quijarro e Carmen Rivero Torres. As três cidades ficam na Província de Germán Busch, localizada no departamento de Santa Cruz, na fronteira da Bolívia com o Brasil. O CCC vai receber cerca de 500 estudantes. Eles irão apresentar, no período matutino, números artísticos relacionados aos países da América do Sul.

 

À tarde o Circo da Cultura e Cidadania vai ter uma atração especial: os colombianos do Circo Medellín com o espetáculo “Circus”. É a primeira vez que o grupo irá se apresentar no Brasil. O Circo Medellín é comandado pelo renomado Carlos Álvarez, reconhecido Mimo-Clown na Colômbia, com mais de 20 anos de vida artística e performances em vários países do mundo. O Circo Medellín faz um trabalho voltado para a cultura cidadã e é esta experiência, aonde a arte vem agregada a desenvolvimento social, que a trupe vai trazer para o festival. O grupo virá com 15 integrantes para Corumbá e vai oferecer também oficinas, além do espetáculo Circus, de quinta (24/05) a domingo (27/05), às 16h, no CCC.

 

FESTIVAL VAI CONTEMPLAR BAIRROS CORUMBAENSES E TERÁ ATIVIDADES EM LÁDÁRIO, PUERTO SUÁREZ E PUERTO QUIJARRO

 

Outra novidade do FASP em 2018: quatro bairros de Corumbá irão receber atividades. A programação na Praça do Centro de Arte e Esporte Unificado (CEU), no Jardim dos Estados, de segunda (21/05) a domingo (27/05), por exemplo, começa com oficinas do projeto Rede Solidária e Circuito de Cinema de segunda (21/05) a quarta (23/05). De quinta (24/05) a sábado (26/05), o local se transforma em um grande centro cultural com varal de poesia de Ramona Rodrigues, apresentações dos grupos artísticos de música e dança da Rede Solidária, presença da atração sul-americana Combinado Argentino de Danza (CAD) e shows com nomes importantes da música sul-mato-grossense, como o grupo Falange da Rima, que comemora 20 anos de rap, a banda sensação de rock Codinome Winchester e o novíssimo trio Coletivo Arduará. O público vai poder conferir ainda a performance do Dançurbana e Tez Cia. de Dança, dois expoentes da dança de MS.

 

O festival vai chegar também nos bairros corumbaenses Cristo Redentor, Dom Bosco e Centro América. Um combinado de atrações, de sexta (25/05) a domingo (27/05), no período vespertino, vai estar instalado nestes bairros, respectivamente, no CRIPAM/CAIJ, na Escola Estadual Dom Bosco e no Centro Múltiplo Nação Guató. Fazem parte da trupe o bonequeiro Lício Castro e os músicos Xaras e Dubmistah, além do projeto de artes cênicas sob-rodas, o Kombinado, comandado pelo ator Anderson Lima, e o Caminhão do Biblio Sesc e a exposição Desbiografia de Manoel de Barros do Sesc Corumbá.

 

Já os eventos em Puerto Suárez e Puerto Quijarro vão contar com apresentações de artistas bolivianos locais. Nas duas cidades hermanas, as escolas de cada município irão se reunir para montar um espetáculo de dança, que também vão levar para o Circo da Cultura e Cidadania (CCC), em Corumbá. Em Suárez estão confirmadas as presenças do artista visual Adan Hoyos Ábrego, da dupla de dança Hugo e Blanca Nieves e do duo Loly Arce Montero e Maurício Montero. Para fazer esta verdadeira integração cultural nas duas cidades também irão se apresentar artistas brasileiros, como a Orquestra Corumbaense de Viola Caipira do Sesc, em Puerto Quijarro, e a Orquestra Vai Quem Vem, em Puerto Suárez, assim como o grupo corumbaense de capoeira Rasteiras e Baianadas, o Tez Cia. de Dança, a Cia. de Dança do Pantanal e o Grupo Escolar de Carmen Rivero Torres, cidade boliviana que fica a 90 km de Puerto Suárez.

 

A cidade de Ladário vai ter uma programação bem mais extensa em 2018. A Casa da Cultura receberá de segunda (21/05) a quarta (23/05), com cinco sessões diárias, o Circuito de Cinema e de quinta (24/05) a domingo (27/05) vários grupos de teatro, como a Cia. do Abração, do Paraná, e Cia. Theastai, Cia. Última Hora e Palco Sociedade Dramática, de Mato Grosso do Sul. Haverá ainda oficinas no município e também uma grande festa no sábado, no Clube do Empreendedorismo de Ladário (CEL) com artistas da cidade, como as cantoras Victória Andrade e Doralina Arruda, os grupos de dança Estrelas do Pantanal Anjos Dourados, um encontro entre rappers corumbaenses e ladarenses, o Vamos Apelá Sistema de Som e a trupe circense paulistana Rosa dos Ventos.

 

A cidade de Ladário ainda terá um estande na Praça Generoso Ponce, em Corumbá, onde irá divulgar seus projetos sociais e artistas ladarenses e um passeio de barco que irá sair de Corumbá e irá até Ladário, no sábado (26/05) pela manhã, em uma espécie de rota cultural com a presença de cururueiros de Ladário e Corumbá e uma encenação do grupo Tesouro Pantaneiro baseado na história da saudosa embarcação Fernandes Vieira, que entre os anos de 1869 e 1955 fazia a ligação entre o Mato Grosso Uno com países sul-americanos utilizando as rotas navegáveis do Rio Paraguai a partir de Corumbá e Ladário.

 

QUEBRA-TORTO TERÁ A PRESENÇA DE ESCRITORES IMPORTANTES E SHOWS PARA ENCERRAR AS ATIVIDADES NO MOINHO CUTURAL

 

Há mais destaques na vasta programação: o Quebra Torto com Letras, um espaço cativo já no FASP dedicado à degustação da culinária tipicamente pantaneira e a reunião de escritores. Desta vez, o encontro literário vai receber oito convidados: os corumbaenses Benedito CG Lima e Henrique Medeiros, os campo-grandenses Rubênio Marcelo e André Luiz Alvez, o sociólogo boliviano Marcelo Sarzuri, o jornalista e poeta paraguaio Mário Rubén Alvarez e os esperados Sérgio Vaz –poeta e produtor cultural, fundador da Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa) e criador do famoso Sarau da Cooperifa, no Jardim Guarujá, em São Paulo– e o escritor João Meirelles Filho, ganhador do Prêmio Sesc de Literatura em 2017 e referência em estudos da Amazônia.

 

Após o encontro literário, que começa às 8h, haverá shows musicais. Na sexta (25/05) o cantor sul-mato-grossense Gílson Espíndola, com seu repertório regional universal sul-mato-grossense, e no sábado (26/05) o compositor Vinil Moraes e Orquestra Vai Quem Vem, que vão interpretar sucessos próprios, como “Porrada É Sempre no Mesmo Lugar”, ambos a partir das 10h30. Na abertura dos dois dias de Quebra-Torto, o público será recebido pelo Quarteto Adagietto, formado por alunas de música do Moinho Cultural.

 

ARTESANATO TRAZ DIVERSIDADE SUL-AMERICANA E PRESENÇA DE ARTISTAS DE OUTROS PAÍSES É MARCANTE

 

Para quem gosta de artesanato o FASP 2018 será um prato cheio. Além do artesanato produzido em Corumbá, Campo Grande e outras cidades de Mato Grosso do Sul, haverá ainda a presença de artistas de outros estados brasileiros. Chama a atenção, no entanto, o rico acervo de peças de artesanato sul-americano que estará presente no festival. Serão 18 artesãos, dois por país, representando os nove países, além do Brasil, no FASP, oferecendo ao público a oportunidade de ter contato com trabalhos sul-americanos com grande diversidade de materiais, estilos e cores.

 

Nesta edição do festival também teremos um forte presença da Bolívia. O país vizinho virá não apenas com os animados grupos escolares de dança, mas também será representado por atrações como a explosiva versão do clássico Romeu e Julieta do conceituado diretor Diego Aramburo, que também atua na peça. O texto baseado na obra de Shakespeare é atualizado para uma Bolívia urbana dos anos 2000, resultando em um espetáculo surpreendente, que quebra arquétipos em relação aos bolivianos e ao mesmo tempo questiona assuntos contemporâneos em relação ao o que é o amor nos dias atuais e como são os adolescentes do século 21.

 

Destaque também para a participação do Paraguai com representantes como o músico Rolando Chaparro. O cantor, compositor e guitarrista é conhecido por apostar na mistura de ritmos e gêneros paraguaios com outros, como o blues e o rock, chegando a afro polca, ritmo que ele dedicou dois discos e desenvolve desde os anos 1980. Rolando já lançou álbuns em que interpreta clássicos brasileiros em ritmo ternário e também gravou um elogiado disco em homenagem a Augustín Barrios Mangoré, em que toca na guitarra os temas do lendário violonista paraguaio.

 

Seguindo na mesma linha da fusão rítmica e também se apresentando do Palco Rio Paraguai, o Del Pueblo Del Barrio vai mostrar a sua poderosa mescla sonora afro-peruana no festival, sendo a primeira vez que a banda toca no Brasil. Fundada em 1981, o grupo de rock andino é um dos mais conhecidos do Peru e utiliza instrumentos típicos do país, como o cajon e as zampoñas, com bateria, baixo e guitarra. Suas letras tem cunho político e contestam as injustiças sociais e sistemas políticos de opressão. O bairro que o nome da banda se refere é o La Victoria, origem dos integrantes do grupo em Lima, capital peruana. O Del Pueblo Del Barrio é comandado pelos músicos Piero Bustos e Ricardo Silva.

 

PALCO SERÁ PONTO DE ENCONTRO NO FINAL DA TARDE NA BEIRA DO RIO PARAGUAI

 

Além do grupo peruano Del Pueblo Del Barrio e do guitarrista paraguaio Rolando Chaparro, o Palco Rio Paraguai vai receber vários outros artistas. Localizado no inspirador Porto Geral, a programação do palco começa com o show instrumental do guitarrista, violonista e violeiro Marcos Assunção na quinta (24/05), às 17h30. Na sexta (25/05) e sábado (26/05), duas aberturas especiais às 16h30, ao lado do palco, com uma apresentação voltada para a cultura cigana, com muita dança e música, e uma festa de curimba, unindo as dezenas de casas de umbanda e candomblé tão populares na cidade de Corumbá. Estão confirmados neste palco ainda os shows do grupo O Santo Chico, banda que conquista cada vez mais adeptos entre os jovens de Campo Grande, e da cantora fronteiriça Dami Baz, que faz letras em guarani e músicas em ritmos ternários, herança de sua origem familiar brasileiro-paraguaia.

 

No domingo (27/05), às 17h30, acontece a esperada Batalha do Porto, com rappers de Corumbá e Ladário, evento que está agitando a cena cultural da Cidade Branca. Para fechar a programação do Palco Rio Paraguai, duas festas programadas para a meia-noite. Na sexta (25/05) a Festa dos DJs com a presença dos corumbaenses Guto Loureiro, Cesar Varanis e Florzinha, do campo-grandense Renato Tulux, do paraibano Chico Corrêa e da uruguaia Melina Serser. Entre os sets haverá intervenções artísticas Drag Queen. Já no sábado (26/05), será a vez do Canta Corumbá, espetáculo que vai reunir a nata do samba corumbaense para mostrar várias composições de artistas da cidade, além de cantores e instrumentistas da nova geração e da velha guarda. No repertório sambas-enredos históricos e canções marcantes e homenagens surpresas a grandes valores da música de Corumbá. O compositor Sandro Nemer será homenageado no show “Canta Corumbá” por sua grande contribuição para a música e arte corumbaense.

 

EXPOSIÇÕES DE ARTES VISUAIS COM TEMÁTICAS DIFERENTES E CRIAÇÃO DE PEÇAS NO PORTO GERAL

 

Três locais em Corumbá vão abrigar as exposições de artes visuais do FASP 2018 de quinta (24/05) a domingo (27/05), das 10h às 22h. O Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (MARCO) vai emprestar peças importantes de seu acervo para duas exposições na belíssima Casa Beneficência Portuguesa: Matizes da América do Sul, com obras de artistas de vários países do continente, e “Fronteiras”, um políptico com 12 telas, de autoria de Richard Perassi. No Centro de Convenções Miguel Gomez, localizado no Porto Geral, o público vai poder apreciar a inédita Conexão Santa Cruz-Corumbá. A exposição foi planejada para o festival e irá contar com cinco artistas visuais de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e 10 artistas de Corumbá, Ladário e Puerto Suárez (BO). No mesmo local, ainda estará organizada uma exposição individual do corumbaense Rubén Darío Román Anez.

 

No Moinho Cultural, outro corumbaense de nascimento, mas que mora em Campo Grande, Jonir Figueiredo irá fazer uma exposição enfocando um personagem histórico: o mítico conquistador espanhol Álvar Nuñez Cabeza de Vaca. Utilizando adereços como uma canoa guató, Jonir vai mostrar obras em que mescla as paisagens pantaneiras com a imagem do controverso Cabeza de Vaca, conhecido por ter passado de desbravador opressor europeu a guia espiritual andarilho, protetor dos indígenas que tinha contato. Ele foi o primeiro europeu a descrever as Cataratas de Iguaçu no livro e explorar o curso do Rio Paraguai, chegando a passar pela região de Corumbá por volta dos 1542, quando estava indo em direção a Assunção, no Paraguai. No Porto Geral haverá ainda dois artistas fazendo esculturas ao vivo: o boliviano Adan Hoyos, da vizinha Puerto Suárez, e o brasileiro Adilson Schieffer.

 

CASA VASQUEZ E TEATRO DO CENTRO DE CONVENÇÕES OFERECEM ARTES CÊNICAS DE ALTA QUALIDADE

 

São mais de 200 atrações artísticas na programação do FASP em 2018. O público terá várias opções para se divertir e adquirir conhecimento. Na Casa Vasquez, por exemplo, no Porto Geral, haverá de quinta (24/05) a sábado (26/05), às 18h30, apresentações de artes cênicas. Começa com a badalada peça boliviana “Romeu e Julieta de Aramburo” e continua com a clássica “O Homem Que Falava Javanês”, do grupo corumbaense Cia. Maria Mole, e “O Diário de Madalena”, do Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática. O teatro do Centro de Convenções Miguel Gomez também vai receber grupos de artes cênicas. Na sexta (25/05), às 20h, o público vai poder conferir um espetáculo de vanguarda com o Combinado Argentino de Danza (CAD), que irá apresentar o impactante “Rota 40”.

 

No mesmo horário, no sábado (26/05), será a vez do Giradança, companhia do Rio Grande do Norte fundada em 2005 que rompe preconceitos apostando na inclusão social e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea. O elenco é formado por bailarinos com ou sem deficiência e o grupo traz para o festival o espetáculo desenvolvido em parceria com a Cia. Toula Limnaios, da Alemanha, inspirado na palestra radiofônica “O Corpo Utópico”, realizada pelo filósofo francês Michel Foucault em 1966. A jornada acaba do domingo (27/05) com a divertida “Quem Matou o Morto”, do grupo douradense Cia. Theastai de Artes Cênicas. Inspirada no teatro do absurdo, o diretor da peça, Breno Moroni, faz uma inspirada crítica aos ditadores sanguinários da história da Humanidade.

 

Uma das atrações das artes cênicas é o Coletivo Veraju. O grupo vem chamando a atenção da cena cultural de Mato Grosso do Sul, desde 2015, por integrar artistas, docentes e estudantes de comunidades indígenas de Dourados e Douradina, em MS. O Veraju trabalha de maneira coletiva e realiza um diálogo entre a matriz cultural indígena e as linguagens do circo, do teatro e da performance. O grupo vai se apresentar no sábado (26/05), às 16h, no anfiteatro Salomão Baruki, no Campus do Pantanal, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

 

PRAÇA DA REPÚBLICA E JARDIM DA INDEPENDENCIA SE TRANSFORMAM EM PALCO PARA AS ARTES CÊNICAS

 

Além de várias atrações culturais do Sesc Corumbá que integra a programação do FASP e estarão em cartaz na sede da entidade, uma delas vai se apresentar em uma das praças mais bonitas da Cidade Branca: a Praça da República. A praça construída em 1924 é um local histórico. Foi lá que, no dia 13 de junho de 1867, o tenente coronel Antônio Maria Coelho, com sua tropa vinda de Cuiabá, avançou sobre a fortificação instalada no local e expulsou os invasores paraguaios. No domingo (27/05), às 17h30, estará na Praça da República o Palco Giratório do Sesc com o imperdível espetáculo “Os Cavaleiros da Triste Figura”, do Grupo Teatral Boca de Cena. No dia anterior, sábado (26/05) pela manhã, será a vez da companhia campo-grandense Dançurbana se apresentar na Praça da República.

 

Outra praça que será contemplada na programação do FASP é o Jardim da Independência, no coração de Corumbá. Com 100 anos completados em 2017, o local chama a atenção pela beleza dos lagos e fontes e pelas estátuas italianas em mármore Carrara. O Jardim da Independência foi construído pelo paisagista francês Auguste François-Marie Glaziou e, na virada do século 19 para o século 20 representou status para a sociedade corumbaense. É neste ambiente que irá se apresentar o Rosa dos Ventos, grupo circense de São Paulo, na manhã de sexta (25/05).

 

FESTIVAL GUARDA SUPRESAS COM MAIS DE 200 ATRAÇÕES ARTÍSTICAS NA PROGRAMAÇÃO

 

O FASP oferece uma extensa programação artística, com muitas opções para cada um fazer o seu próprio roteiro de acordo com suas preferências. Haverá, por exemplo, um circuito cultural nas comunidades quilombolas de Corumbá: Campos Correia, Família Ozório e Maria Theodora. Rodas de conversas também irão acontecer no Instituto da Mulher Negra do Pantanal (IMNEGRA), com a coordenação da Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPPM/MS), para discutir questões relacionadas à violência e os direitos das mulheres.

 

O festival também irá chegar ao Santuário Nossa Senhora Auxiliadora, em Corumbá, onde irá acontecer um encontro entre os tradicionais cururueiros de Corumbá e Ladário com suas violas de cocho e a apresentação da Orquestra Corumbaense de Viola Caipira do Sesc, entre as 10h e 11h30, de domingo (27/05). Na Praça Generoso Ponce acontecerão dois desfiles antes dos shows no Palco Integração. Um deles voltado para a economia criativa na sexta (25/05) e o outro para fantasias de carnaval no sábado (26/07). Ambos às 21h. No entanto, as atrações ainda são muitas, como as dezenas de oficinas oferecidas nas mais diferentes áreas e os vários estandes na Praça Generoso Ponce, como a Tenda dos Saberes Indígenas, sempre um sucesso no FASP oferecendo ao público a oportunidade de ter contato com a arte e a milenar cultura dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul.

 

Vários projetos e entidades governamentais e não governamentais também irão ter estandes na Praça Generoso Ponce, entre eles, Instituto Sangue Bom, Embrapa Pantanal, Fraternidade Sem Fronteiras, Energisa, IPHAN, Instituto Uniom, Projeto Memória Fonográfica, Rede Solidária, UFMS, Fundtur Pantanal e Secretaria de Educação do MS (SED), além das prefeituras de Corumbá e Ladário. O FASP ainda está promovendo o concurso Soy Loco Por Ti, América, que premiará a criatividade de alunos das escolas do Brasil e da Bolívia em três categorias: vídeo celular, poesia e fotografia. Confira maiores detalhes das atrações no site e redes oficiais do FASP. Vem aí um grande encontro de culturas e nações proporcionando uma experiência inesquecível no exuberante coração do pantanal brasileiro! As informações são da ASSESSORIA DE IMPRENSA FASP 2018.

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