Harpista Fábio Kaida ganha reconhecimento no palco principal do Fasp

O ritmo do cancioneiro transfronteiriço, em uma seleção cuidadosamente preparada pelo harpista, músico profissional e autodidata Fábio Kaida para o Festival América do Sul Pantanal (Fasp), atraiu apreciadores como o ministro paraguaio da Cultura, Fernando Griffith, que ficou na “fila do gargarejo” para aplaudir o artista sul-mato-grossense. O visitante não hesitou em dar uns passos ao som da clássica “Mercedita”.

 

Fábio Kaida, 47 anos e apaixonado pela harpa paraguaia desde os cinco anos de idade, era o mais feliz dos músicos contratados pela Fundação de Cultura e Cidadania de MS para se apresentar na 14ª edição do Fasp. Subir ao palco principal do grande evento que segue até domingo em Corumbá foi para ele mais do que uma oportunidade, mas o reconhecimento que busca há anos em seu Estado. “Foi simplesmente espetacular, emocionante mesmo”, confessou. Assessoria de Comunicação FASP 2018.


Chalana em espanhol

 

Focado em fortalecer a identidade musical da América Latina nas cordas de sua harpa, com uma proposta moderna sem perder as origens, Kaida surpreendeu com um novo repertório, preparado exclusivamente para o festival. Acompanhado de três músicos paraguaios – Carlos Marra (baixo), Júlio Barrios (violão) e Sérgio Ojeda (bateria) – da nova banda, Nação Latina, o instrumentista homenageou sete países com tradicionais ritmos andinos e fez o público dançar.

 

“Se apresentar no palco principal do festival foi prazeroso, com o público cantando clássicos do nosso cancioneiro latino, foi realmente um novo passo na carreira que sempre busquei”, disse o músico, ao final do show. “O festival me proporcionou essa alavancada, o reconhecimento, que é também fruto da persistência e do investimento no passado em um novo projeto”, acrescentou. “Foi uma noite memorável, estou muito feliz.”

 

 

No palco, Fábio Kaida mostrou a maturidade adquirida ao longo da carreira e teve a resposta da banda, principalmente na interpretação vocal, apresentando uma seleção com ritmos tradicionais do Chile, Colômbia, Paraguai, Bolívia, Peru, Uruguai e Brasil. Com novo arranjo e canto em espanhol, presenteou o público com Chalana, música que inspirou Mário Zan da janela de um hotel de frente para o rio Paraguai, em Corumbá, em meados do século passado.

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