Atendendo a pedido dos produtores rurais do baixo Pantanal, onde ocorre uma das maiores enchentes da década, A Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal (Iagro) prorrogou a vacinação contra a febre aftosa até 30 de julho e contra a brucelose até 15 de agosto. A portaria nº 3601 foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (27.6).
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A medida é em caráter excepcional, considerando as dificuldades de manejo do gado no período de inundação, que obrigou os pantaneiros de Corumbá a movimentar para áreas altas, até agora, mais de 1 milhão de animais. O presidente do Sindicato Rural do município e subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Luciano Leite, estima que mais 300 mil serão retirados das regiões do Jacadigo e Nabileque, em julho. O rebanho de Corumbá é o maior do Estado, com dois milhões de cabeças.
“A prorrogação é uma forma de atendermos às normas da Iagro na parte sanitária, diante das dificuldades de reunir o gado com a chegada das águas nas áreas mais ao sul, onde esperamos uma cheia forte do Rio Paraguai associada com as inundações do Rio Tucavaca (Bolívia)”, explicou o dirigente. “Na realidade, a situação é geral. As áreas mais altas (Paiaguás e Nhecolândia), ainda concentram muita agua e o produtor não consegue trabalhar o gado.”
A decisão, que vem de encontro com a demanda dos pecuaristas da região do Pantanal não se estende a vacinação nas propriedades das regiões sanitárias do Planalto e Fronteira, que tiveram prazo até o último dia 15 de junho para vacinação e tem até o próximo dia 30 de junho para registro no sistema.
A ampliação do calendário de vacinação no Pantanal (referente a etapa de maio), segundo a portaria da Iagro já em vigor – os produtores terão até 15 de agosto para o registro do rebanho vacinado -, atende pedidos da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul) e Sindicato Rural de Corumbá, com anuência da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O rebanho do Estado soma 21 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos e a meta do governo é vacinar 99% dos animais, embora a exigência dos órgãos sanitários seja atingir no mínimo 80%. Garantir que mais de 99% do rebanho do Estado seja vacinado é importante para assegurar o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, que o País conquistou recentemente e que deve ampliar o leque de oportunidades de negócios com a carne bovina do Brasil, que hoje já chega a 150 países.
Fonte: http://www.iagro.ms.gov.br/prorrogacao-rebanho-do-pantanal-pode-ser-vacinado-contra-aftosa-ate-30-de-julho-e-brucelose-ate-15-de-agosto/