A Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, em parceria com o Sesc Corumbá, promove de 14 a 18 de agosto a 1ª Semana de Patrimônio Cultural. A ação destacará a importância do turismo cultural como vetor de desenvolvimento social, econômico para o município. Palestras, exposição, contação de história, intervenção e cinema integram a programação.
A abertura será no dia 14, terça-feira, às 19h30, com a apresentação da Orquestra Corumbaense de Viola Caipira do Sesc. Às 20 horas haverá a palestra “De quem é o patrimônio que estava aqui?”, com a Cientista social Edivânia Freitas de Jesús (UFMS), que vai abordar a importância de se identificar essas referências culturais, compreendendo os espaços que ocupa e a forma como tal ação fortalece os vínculos de identidade e pertencimento, estimulando a memória coletiva.
De 14 a 31 estará aberta para visitação a exposição “Cores no formato de poesia, história e cultura” de Vitor Hugo, que retrata o perfil dos trabalhos do artista, inspirado no cotidiano, nas cores simples das estações, nos formatos e personalidades distintas, uma série de obras que envolvem poesia e simplicidade, em mensagens sutis ao espectador.
No dia 15 de agosto, quarta-feira a palestra “Artesanato Local: lembranças de qual lugar?” será conduzida pela publicitária e antropóloga Luciana Gomes, a partir das 19h30. A palestra estabelece a relação entre o artesanato que retrata o patrimônio natural mundial Pantanal e a pluralidade cultural, passando por questões como: qual é a dimensão cultural dos artefatos produzidos na região pantaneira? Que histórias os objetos contam? Para que e para quem produzir artesanato? Luciana é integrante do Laboratório de Antropologia Visual Alma do Brasil (LAVALMA), do Grupo de Estudos Fronteiriços da UFMS e do Centro de Pesquisa de Etnologia Indígena (CEPEI) da Unicamp.
Também na quarta-feira (15), às 20h30, a palestra “Turismo Cultural”, o antropólogo Álvaro Banducci Júnior, coordenador do LAVALMA e do Grupo de Estudos Fronteiriços da UFMS, vai abordar a modalidade que, de acordo com o Ministério do Turismo (2010), ocupa o terceiro lugar no ranking de motivações para viagens domésticas no Brasil e o primeiro em atração para viagens internacionais. Uma discussão sobre o fomento, do ponto de vista financeiro e também da valorização das culturas locais. O turismo cultural tal como se desenvolve em Mato Grosso do Sul e mais especificamente em sua realidade pantaneira, será abordado em sua potencialidade, tal como dimensão de mercado e diversidade de atrativos e produtos, bem como seu alcance social e as implicações culturais e para o patrimônio regional.
Quinta, 16, às 19h30, é hora de falar da “Gastronomia enquanto patrimônio cultural”, palestra com Caciano Lima, gerente de Patrimônio Cultural na Fundação de Cultura de MS. Ele vai mostrar que a gastronomia, além de saciar a fome, aproxima as pessoas, identifica traços culturais de um povo por meio da sua religiosidade, etnia, produtos típicos, assim como o aproveitamento do que o solo de cada lugar tem a oferecer através de sua capacidade de atravessar fronteiras, contribuir e influenciar na cultura alimentar de cada região de acordo com as adaptações que dela ocorre.
Em seguida, às 20h30, a jornalista e fotógrafa Elis Regina aborda “A importância da fotografia na gastronomia – “um convite à comer com os olhos”. Elis Regina tem se dedicado de maneira a se especializar no tema, através de cursos de food photography e food styling, para melhor captar os sabores, comida e os prazeres da mesa procurando sempre o appetite appeal. Tem fotos publicadas em diversas revistas como Piauí, Bravo, Isto É, Globo Rural, Nova Escola, Agente, Ímpar, publicações Corporativas e Institucionais.
O último evento da noite, às 21h30 é a apresentação da Revista Ambrosia Gourmet, em sua quarta edição, com a editora chefe Fernanda Nascimento Prochmann. A publicação é a única do gênero em Mato Grosso do Sul, tem circulação estadual, é bimestral e com distribuição gratuita. A Ambrosia evidencia as peculiaridades da gastronomia sul-mato-grossense e leva o que há de mais novo na culinária mundial aos seus leitores. Com conteúdo abrangente e visual moderno, é uma vitrine para os empresários dos segmentos de gastronomia, turismo, hotelaria, comércio e serviços. Além de receitas saborosas, a Ambrosia traz entrevistas e colunas com chefs renomados, sugestões de bebidas, seções de novidades do mercado, além de matérias especiais sobre tipos de alimentos, tendências, história da gastronomia, percepções sobre comida estrangeira e muito mais.
Na sexta-feira, 17 a programação começa às 15 horas, agora no Jardim da Independência, com a intervenção teatral “Eu pertenço a Corumbá. Corumbá me pertence!”. A intervenção traz uma linha do tempo da cidade, marcando alguns fatos desde a pré-história, nossas influências culturais, exaltando alguns orgulhos patrimoniais como o Jardim da Independência e o São João. Também haverá premiação do concurso de cartazes e roda de cururu.
O historiador Mário Sá, que é docente na Universidade Federal da Grande Dourados, vai proferir a palestra “Mário de Andrade, Um feiticeiro modernista”, que busca o entendimento da forma dialógica que o Movimento Modernista teve entre a ficção e a realidade e apresentará as obras do modernismo brasileiro como factíveis de serem abordadas como fontes históricas. E logo após às 20h30 terá uma Roda de Curimba.
No último dia do circuito, 18, terá contação da história “Corumbá, Minha Terra querida”, às 18 horas. E será lançado o documentário “Seu” Agripino Magalhaes – Mestre Do Saber, de Alexander Carlos. A ação ocorre às 18h30 e em seguida haverá um bate-papo sobre o processo criativo e de produção.
O documentário foi produzido durante a oficina de cinema do FASP 2018, com os ministrantes Gabriel Lima e Marinete Pinheiro, uma homenagem a Seu Agripino Soares, pelos seus 100 anos de idade, retratando a vida do homem simples, dedicado a preservar a arte popular tradicional da região pantaneira, onde o cururu e o siriri tornaram não apenas uma atividade profissional mais um modo de vida. A programação especial se encerra com mais uma roda de Cururu.
Com exceção da atividade do Jardim da Independência, a programação será realizada no Sesc Corumbá, que fica na rua 13 de junho, 1703 – Centro. Com informações do Sesc MS.