A Pesada empolga público com São Jorge, o Santo Guerreiro da Fé

Terceira a desfilar a Escola de Samba A Pesada apresentou o enredo “São Jorge, o Santo Guerreiro da Fé”. Os 900 componentes da agremiação usaram a expressão da religiosidade com o objetivo de mostrar que o carnaval é uma manifestação cultural e não o culto a uma religião específica. O carnaval, cantou A Pesada, é simplesmente pura expressão cultural.

 

Comissão de Frente foi composta por dez integrantes representando “Os Mensageiros da Fé”. Os dez mensageiros portavam nas mãos o cajado em dourado, como símbolo de autoridade e poder e o livro que representa o maior legado ao homem que é a palavra do Senhor. Comissão conduziu um tripé para suporte dos cajados.

 

Mestre-Sala e Porta-Bandeira representaram ‘A Cruz Sagrada’, símbolo do Cristianismo. O Mestre-Sala conduziu o símbolo sagrado da fé cristã e a Porta-Bandeira o pavilhão que é o “símbolo sagrado” da A Pesada.

 

Primeira ala representou o ‘Trigo’ cereal  de onde se fabrica o pão que é o símbolo sagrado dos cristãos, (o Corpo de Cristo), alimento da última ceia do Senhor, com os apóstolos. Ala seguinte mostrou “Coletores de Uvas”, que é a fruta a partir da qual se fabrica o vinho, símbolo Sagrado dos cristãos, (O Sangue de Cristo), usado na última ceia do Senhor com Os Apóstolos.

 

Carro Abre-Alas “O Cristianismo, família de Jorge da Capadócia e o Tribuno Militar Jorge, desfilou exibindo esculturas representando dois anjos “os anunciadores”. Ao centro a escultura do Leão de Judá, representando Jesus Cristo o Rei; Jesus é chamado o leão da tribo de Judá porque ele é o rei e sua família era da tribo de Judá. Deus tinha prometido que o salvador viria de Judá. O leão representa a força e o poder, tudo isto influenciou a fé de Jorge da Capadócia.

 

Carro touxe Nei Colombo, presidente da “A Pesada”, representando Gerôncio, pai de São Jorge, que faleceu em combate, e dona Julieta, esposa do senhor Nei, representando “Policrômia” a mãe São Jorge e uma criança representando o menino Jorge ainda criança.

 

Ritmistas da Bateria representaram o Exército Romano. Jorge entrou para o exército romano por ser o que mais satisfazia à sua natural índole combativa.  Ala Conde da Capadócia mostrou o título dado a São Jorge, que passou a ser capitão do exército e foi agraciado por sua dedicação ao imperador romano Diocleciano.

 

Segundo carro alegórico é “Jorge prova sua fé”. Alegoria contou os tempos de escuridão e sofrimento, sete anos de calvário que São Jorge passou  por não ter recusado sua fé no cristianismo. Trouxe escultura do “Lobo” que representa “O Mal”. Como destaque Apolo, o Deus romano cuja estátua São Jorge fez ruir. Desfile ainda mencionou momentos de tormento e martírio do santo durante seu período de calvário.

 

Ala Escolas de Samba representou as escolas de samba que tem são Jorge como padroeiro oficial. Foi seguida pela ala Corinthians Paulista, clube que tem São Jorge como seu patrono.

 

Terceiro carro alegórico lembrou a Inglaterra, primeiro país a considerar São Jorge como Patrono. Com escultura de quatro perus, fez referência ao sacrifício de São Jorge, que não foi em vão pois ele se doou por nós. Sua pena simboliza sorte, proteção, fecundidade, clarividência, fantasia, justiça, poder, pensamento, a Lua.

 

Ala ‘A cruz de São Jorge’ representou os soldados da primeira cruzada. Ingleses que traziam em sua farda a Cruz Vermelha de São Jorge, por Ordem do Rei da Inglaterra.Ala ‘Espada de São Jorge’ simbolizou a “espada” protetora, quebradora de demandas e defensora de quem nela tem fé. Invocação do santo guerreiro esteve presente na ala ‘Estrela de São Jorge’.

 

Desfile contou com carro ‘A lenda que consagra São Jorge’, na incessante luta do bem contra o mal. Alegoria apresentou a escultura do Cavalo Branco, São Jorge na montaria e dois dragões. Contou também como destaque o rei D. João e Dona Maria católicos, que reinavam em Portugal na época do descobrimento.

 

Sequência final da escola de samba trouxe o carro ‘Europeus em Terra Brasilis’, o Sincretismo’, como representação da chegada ao Brasil dos europeus católicos e o encontro com os indígenas e suas crenças. Desfile ainda contou no final com alas Tempero de Ogum, Ogans; Crianças e Mães de Santo.

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