O mês de março é dedicado a reflexões e alertas sobre um problema grave que nem sempre é lembrado nas consultas médicas ou em tratamentos preventivos, a doença renal. Doenças renais atingem 850 milhões de pessoas no mundo e são responsáveis por 2,4 milhões de mortes todos os anos, segundo dados divulgados no site da Sociedade Brasileira de Nefrologia (www.sbn.org.br). Os fatores que mais levam o doente renal para o tratamento de hemodiálise são a hipertensão, a diabetes e a ingestão contínua de medicamentos, como anti-inflamatórios.
Em Corumbá, cerca de 120 pacientes fazem hemodiálise em três turnos, na Clínica Renalmed, que funciona dentro do Hospital de Caridade. Profissionais que trabalham na área, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde, Funec e outras entidades públicas e civis, preparam uma grande ação para o final da tarde desta quinta feira, na área do Ginásio Poliesportivo Lucílio de Medeiros.
“Vamos aferir pressão, medir glicemia e desenvolver uma série de atividades, mas o principal objetivo é disseminar informação, auxiliar as pessoas a usarem o caminho certo par cuidar de seus rins”, explicou Luís Sá, assistente social que trabalha diretamente com os Doentes Renais Crônicos (DRCs) de Corumbá. Além dos assistentes sociais, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem estarão envolvidos.
O médico Rodrigo Ricarte, cuida dos DRCs que fazem hemodiálise e de outros doentes renais que dão entrada no hospital. Ele explica que a doença renal é silenciosa e que, por isso, é necessário tomar uma série de medidas para evitar chegar ao extremo que é justamente fazer o tratamento de hemodiálise que consiste na retirada do sangue do organismo, a passagem dele pela máquina onde é tratado e sai livre de líquidos e de impurezas e depois retorna para o corpo, em sessões de quatro horas, três vezes por semana.
Ficar sempre de olho na pressão, na glicose principalmente. Manter o peso, fazer exercícios e manter o corpo sempre em forma”, segundo Rodrigo, são ações importantes. “Além disso, o exame de Creatinina também é necessário para detectar alguma alteração na função renal”, afirmou. Ele alerta para o fato de que a prevenção é o melhor remédio, já que, “por ser silenciosa, a doença renal, quando a pessoa descobre normalmente já é um pouco tarde”.
O Dia Mundial do Rim foi no dia 08/03, mas as ações na “praça do poli” começam às 17 horas desta quinta feira (14/03). Será uma tarde para se informar a respeito de uma doença que vem fazendo cada vez mais vítimas e que foi responsável por pelo menos 20 mortes em Corumbá no ano de 2018. A única forma de frear a escalada da estatística fulminante da doença renal é participar dessas atividades, conhecer um pouco mais sobre o funcionamento dos rins e das doenças que podem acometê-lo e se prevenir, sempre.