Corumbá participa de discussões para implantação do corredor ferroviário bioceânico

Reunião de monitoramento do projeto de implantação do corredor ferroviário bioceânico  – a chamada Ferrovia Transamericana – realizada nesta sexta-feira, 23 de agosto, em Campo Grande, teve participação do prefeito Marcelo Iunes. Coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores, o encontro contou com autoridades dos governos do Brasil e Bolívia, aduanas, importadores e exportadores.

 

Marcelo Iunes externou preocupação com a execução do projeto, levando-se em conta a importância para o desenvolvimento da região e a grande oportunidade para geração de emprego e renda que virá com o desenvolvimento da iniciativa.

 

Ainda segundo o chefe do Executivo corumbaense, a região de fronteira Brasil-Bolívia, em Corumbá, tem um enorme potencial no que se refere às reservas de minério de ferro e manganês, além da possibilidade de desenvolvimento da cadeia produtiva mínero-siderúrgica, com a utilização do gás natural boliviano. O secretário Municipal de Governo, Cássio Augusto da Costa Marques, também participou da reunião.

 

O Governo do Estado busca viabilizar a revitalização da Malha Oeste, cujo trecho de Três Lagoas a Corumbá está sucateado e com baixa nível de produção, e articula, com o apoio de São Paulo e a bancada federal, incluir a ferrovia no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Governo Federal, e estender a atual concessão, que finda em sete anos, para mais 30 anos.

 

Na Bolívia, segundo o ministro de Obras Públicas da Bolívia, Oscar Coca Antezana, – que se reuniu com o governador Reinaldo Azambuja nesta semana – há o compromisso do presidente Evo Morales em concluir as obras complementares da ligação da ferrovia, a partir de Santa Cruz de La Sierra, até Arica. Segundo ele, faltam 150 km, entre Cochabamba a Bulo Bulo, que serão implantados em um prazo de no máximo três anos. A Transamericana também se integra ao Chile, com acesso ao porto de Iquique.

 

Questões aduaneiras na fronteira entre Corumbá e Puerto Suárez também foram abordadas. Oscar Antezana propôs uma ação conjunta para eliminar as barreiras atuais. Discutiu-se também, a criação de uma normativa que facilite o trânsito de mercadorias bolivianas até Campo Grande. 

 

A Ferrovia InterAmericana será o principal tronco de um sistema intermodal, um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos, entre eles o Porto Seco de Três Lagoas (em andamento) e o Porto de Santos. Com ramais que vão da fronteira com a Bolívia até São Paulo, os produtos dessa região se tornariam mais competitivos.

O projeto engloba 1,6 mil km de ferrovia de Santos a Corumbá e outros 600 km dentro da Bolívia, totalizando mais de 2 mil km. O investimento inicial será feito em modernização da malha ferroviária, que foi construída na década de 60 e está sucateada em quase toda extensão. As informações são do Portal do Governo de MS.

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