O Cortejo de Abertura do 15º Festival América do Sul Pantanal reuniu nesta quinta-feira (14) aproximadamente 200 artistas na Praça Generoso Ponce. A diversidade cultural se fez presente no desfile de pouco mais de uma hora de duração. Para inovar ainda mais, durante todo o trajeto, cantores regionais entoaram samba-enredo composto pelo sambista JB, exclusivo para o FASP.
Mestres-salas, porta-bandeiras, ala de bateria, bailarinas, violeiros de cocho, moradores vestidos com simbologia pantaneira, enfim, muito brilho e alegria explicitaram em poucas quadras de desfile, a latinidade eminente neste festival.
O Diretor-Presidente da Fundação de Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joílson Silva da Cruz foi um dos responsáveis pela realização do cortejo. Ele revela que foram mais de 20 dias de ensaio. “Priorizamos a ideia de enaltecer as festas populares da Cidade Branca, entre elas: o carnaval e São João”, explica. No total, participaram representantes de 10 escolas de samba e 11 blocos carnavalescos, além de entidades, escolas e instituições convidadas. “Nosso objetivo foi promover o intercâmbio cultural e fazer perpetuar nossas manifestações”, finaliza.
Com temas da flora e fauna pantaneira estampados em um vestido rodado, Lorrany Aparecida, 14 anos, se descrevia um misto de alegria e ansiedade. “Participo há 10 anos do cortejo e sempre é a mesma emoção. A arte mudou a minha vida, não poderia ficar fora dessa celebração”, emociona-se a corumbaense. Ao lado sua amiga, Kemmily Rauany, 13 anos, revela que participa pela primeira vez do festival e, nos anos anteriores, foi apenas espectadora. “É diferente, mas prazeroso, fazer parte da divulgação da cultura de uma terra que me adotou com tanto carinho”, diz a mineira.
Miss Plus Size Corumbá e representante do Instituto da Mulher Negra do Pantanal (IMNegra), Fabiane Gonçalves se destacou entre sorrisos e empolgação durante todo o desfile. “Gosto de aprender novas culturas, conhecer gente de vários lugares, ampliar conhecimentos, o festival nos proporciona tudo isso”, detalha.
Com fantasia que se destacava pela cor preta, com brilhos de paetês e pedraria, Edelton Mendes Amorim descreve cada detalhe aos curiosos. “Represento as religiões afro-brasileiras, o nome é Povo da Noite”, relata. Com a parceira, na mesma temática, foram eleitos os melhor casal de Mestre-sala e Porta-bandeira do carnaval 2019. “Somos um celeiro de cultura, diferenciado, temos muito a mostrar por muitos anos de festival pela frente”, finaliza orgulhoso.
Texto: Fundação de Cultura de MS
Foto: Divulgação/Governo MS