Com o enredo “A Vila Vem Mostrar a Natureza”, a Unidos da Vila Mamona encerrou, já na madrugada de segunda-feira, 24 de fevereiro, a primeira noite de desfiles das escolas de samba. A Vila reeditou o samba-enredo que lhe garantiu, em 1982, o primeiro de seus 17 títulos de campeã do carnaval corumbaense.
Comissão de Frente, com elemento alegórico, os 12 integrantes representaram ‘A Criação’. Retratou o surgimento da arte da Criação. Folhas em branco tornam-se diversos matizes e formas, através da sensibilidade do Artista Maior.
Primeiro Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, simbolizou ‘O Criador e a Criação’ que num sinuoso bailado, a Criação tomou forma pela inventividade do Criador. Da mente em profusão nasce todo o esplendor da natureza, tracejado com todo o carinho, amor e perfeição.
Ala das Baianas foi ‘Explosão de Matizes’. O infinito ganha uma explosão de cores, cada qual cumprindo o seu papel em equilíbrio perfeito. Todas as cores no giro do mundo se tornam a harmonia fundamental para o funcionamento da nossa Terra-Mãe.
Carro Abre-Alas ‘Os Mistérios do Mar’ mostrou o esplendor da natureza retratado em toda a sua glória. É o produto do caos que virou o trabalho definitivo da Criação. Nela, a constante adaptação é o segredo da vida e da perpetuação. Gaia é viva e se movimenta na pulsação de seus filhos, que se alimentam da sua energia.
Com 100 ritmistas bateria trouxe ‘Os Mistérios do Mar’. Do imaginário ou da realidade de outrora, os Dragões do Mar são seres de proporções gigantescas que emergem das águas para castigar aqueles que tentam invadir o seu reino. São comparados aos grandes animais que povoam rios e mares de diferentes formas, porém sempre com a mesma responsabilidade perante o mundo aquático. Elemento coreográfico simbolizou o minhocão lenda ribeirinha.
Desfile no chão da Vila Mamona trouxe alas com representações de Ninfas das Águas, Algas Marinhas, Vitória Régia e Camalotes.
Alegoria ‘Os Mistérios do ar’ representou a dança que traz a vida, o balé das águas é a representação de toda intensa movimentação que vimos ou que não vimos, desde a correnteza ou as ondas, passando pelo movimento dos peixes na piracema ou mesmo nas estratégias de defesa nos cardumes, tudo pulsa na vibração das águas!
Após sequência de alas, terceira alegoria trouxe ‘A Biodiversidade – As Maravilhas da Terra’. A fauna pantaneira é muito rica. Há 650 espécies de aves, já foram catalogadas mais de 1.100 espécies de borboletas. Contam-se mais de 124 espécies de mamíferos, catalogadas 263 espécies de peixes e ainda, uma infinidade de répteis, representados nessa alegoria.
Parte final da apresentação relacionou natureza e carnaval com alas Pierrot das Águas; Colombina dos Ares e Arlequim das Matas. Ala ‘O Palhaço do Amor’ mostrou que com a alegria do palhaço vem a força que move o mundo… É o amor o motor da existência. Se amarmos a natureza ela se perpetuará, afinal. O riso que se tira do rosto de quem abre as portas do coração para o mundo de alegria entrar é o mistério da vida!
Carro Alegórico final ‘O Carnaval da Natureza!’. O enredo conta que não seria a Natureza um espetáculo de cores, brilhos e exuberância como é o carnaval! Na sua última alegoria, a Vila vem mostrar o Carnaval em sintonia com a Natureza, levando a mensagem da alegria e da preservação!