Com grande parte das intervenções concluídas, as obras de restauro e recuperação da Igreja Matriz foram visitadas pelo prefeito Marcelo Iunes na manhã da terça-feira, 19 de maio. Com recursos do PAC Cidades Históricas e contrapartidas da Prefeitura Municipal e Governo do Estado, a Catedral será totalmente restaurada na parte externa, interna, revestimentos e cobertura do coro.
Acompanhado pelo secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ricardo Ametlla, o prefeito destacou o andamento da obra. “Está com mais de 90% concluído”, salientou Iunes. “É uma obra emblemática para a cidade. É um importante patrimônio do município que logo estará concluído para entregarmos”, completou o chefe do Executivo corumbaense.
Na visita, o chefe do Executivo corumbaense destacou que as intervenções foram baseadas nas informações da pesquisa histórica, prospecções arquitetônicas e pictóricas, levantamento físico e mapeamento de danos. De acordo com o prefeito, as obras têm como objetivo a recomposição dos espaços e materiais e requalificação da construção. Todo o trabalho visa permitir a apropriação do espaço de acordo com os parâmetros normativos e as necessidades atuais sem desrespeitar as características originais do imóvel.
A restauração e requalificação executadas pelo Município têm como objetivo principal valorizar a estética original do prédio, mesmo em face de adaptações e adequações de demanda funcional, buscando atendê-las através de decisões projetuais que além do restauro e recuperação dos elementos históricos, propõem intervenções evidentes, porém discretas com materiais contemporâneos que dialogam e se harmonizam com as características do objeto de restauro sem gerar dúvidas sobre a época. O Governo do Estado aplicou recursos para restauração da parte elétrica e está prestes a concluir suas ações. As obras executadas pela Prefeitura estão orçadas em R$ 1.786.064,84.
Patrimônio Municipal e Estadual
Construída por Frei Mariano de Bagnaia no século 19, a igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária tornou-se patrimônio histórico e cultural do município de Corumbá no dia 02 de fevereiro de 2017, por meio do decreto municipal número 1.748.
A declaração, para fins de tombamento, levou em consideração – além das características arquitetônicas da igreja – a proteção do patrimônio histórico cultural local; o valor histórico da Catedral para a cidade; o fato de ter sido construída em 1885 e ser o templo católico mais antigo de Mato Grosso do Sul e ainda o fato de Nossa Senhora da Candelária ser padroeira de Corumbá e da Diocese.
O prédio da Matriz agrega valor ainda maior a um conjunto arquitetônico de muita relevância. Está inserido num complexo de prédios históricos formado pela antiga unidade da Casa Mista, do Instituto Luiz de Albuquerque (ILA) e a sede da Polícia Federal.
No mesmo ano, a Catedral de Nossa Senhora da Candelária foi reconhecida como Bem do Patrimônio Histórico Material de Mato Grosso do Sul. Conforme a publicação, o Conselho Estadual de Cultura concluiu que a Igreja “está entre as edificações de maior expressão quanto à riqueza histórica e arquitetônica de Mato Grosso do Sul”.
O prédio, com elementos da arquitetura eclética, cuja pedra fundamental foi lançada em 1872 pelo pregador imperial e Vigário da Vara, Frei Mariano de Bagnaia, foi inaugurado em 1877. Na igreja fica alojada a padroeira de Corumbá, Nossa Senhora da Candelária, e em sua construção foi encontrado um brasão da Coroa Portuguesa. A Catedral está inserida numa região próxima de outros prédios e monumentos que já tiveram seu valor histórico reconhecido.